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A construção histórica dos Estados modernos (absolutistas) no mundo ocidental Bruno Albergaria*
Resumo: Com este trabalho objetiva-se iluminar – com as devidas desculpas do inevitável trocadilho –, via contornos históricos, a construção social e política da sociedade moderna, considerada moderna na perspectiva temporal da assinatura do Tratado de Westfália, em 1648; isto é, com o caminhar inicial na Idade Média, com seus feudos e o poderio da Igreja
Católica Apostólica Romana até chegarmos ao surgimento dos Estados Absolutistas. Para tanto, observa-se (aqui dito como mero espectador que apenas “observa” a história e não faz nenhuma análise de valor ou tentativa de interferência...) a transição do mundo teocêntrico da sociedade medieval – em que a Santa Inquisição, em nome dos valores divinos, operou um dos momentos mais árduos e intolerantes da vida européia – ao moderno cosmos homocêntrico, estruturado com o discurso filosófico da racionalidade metodológica cética
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Doutorando em Ciencias jurídicas-Económicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Mestre em Direito empresarial. Ex-Diretor de Secretaria da Justiça Federal (TRF 1ª Região). Professor Universitário.
Autor dos livros Direito ambiental e a responsabilidade civil das empresas
(2. ed. Belo Horizonte: Forum, 2005); Instituições de direito: para cursos de administração, ciências contábeis, economia, comércio exterior e ciências sociais. São Paulo: Atlas, 2008, esgotado; Histórias do direito: evolução das leis, fatos e pensamentos. São Paulo: Atlas, 2011, dentre outros. Advogado.
E-mail: bruno@albergaria.com.br. Site www.albergaria.com.br.
Meritum – Belo Horizonte – v. 7 – n. 1 – p. 81-109 – jan./jun. 2012
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BRUNO ALBERGARIA
moderna. Percebe-se, pelo contar das (várias) histórias, que as incipientes igrejas – em defesa do seu único Deus – patrocinaram as inúmeras guerras e que a tão almejada paz não poderia ser estabelecida senão pelo retorno do homem ao seu devido lugar e comando.