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2. ENSAIO DE ADSORÇÃO DE AZUL DE
METILENO

2.1 - INTRODUÇÃO
Estudos realizados no Brasil, como os de CASANOVA (1986), FABBRI e SÓRIA
(1991), PEJON (1992) e FABBRI (1994), mostraram que o ensaio de adsorção de azul de metileno é uma alternativa bastante eficiente, rápida e econômica para utilização em processos de caracterização de solos, uma vez que para aplicações rodoviárias sabe-se que os sistemas tradicionais são inapropriados para a caracterização dos solos tropicais.
2.2. FUNDAMENTOS DO ENSAIO DE ADSORÇÃO DE AZUL DE
METILENO
De acordo com MERCK & CO. (1952), o corante denominado “azul de metileno” tem em química a nomenclatura “cloridrato de metiltiamina” ou “cloreto de 3,7-Bis
(dimetilamino) fenilatianium”, de composição química C16H18SN3Cl . 3H2O. Tratase de um corante catiônico, ou seja, que em solução aquosa dissocia-se em ânions cloreto e cátions “azul de metileno”.
Esse corante orgânico é adsorvido pelo solo, quando em meio aquoso, formando uma camada mono-molecular quase que completa sobre a superfície dos argilo-minerais, permitindo, dessa forma, uma vez conhecida as dimensões da sua molécula, conhecer-se a área total recoberta (HANG e BRINDLEY, 1970), ou seja, possibilita a determinação da superfície específica (área interna + área externa) dos argilominerais que compõem um solo.

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O método de adsorção de azul de metileno também permite a determinação da capacidade de troca de cátions (CTC) dos argilo minerais. Segundo CHEN et alli
(1974), o cátion azul de metileno substitui os cátions Na+, Ca2+, K+, Mg2+ e H3O+ adsorvidos nos argilo-minerais, ocorrendo um processo de adsorção irreversível, caracterizando-se como uma boa forma de medida de capacidade de troca catiônica.
HANG e BRINDLEY (1970) relatam a existência de duas fases no mecanismo de interação do azul de metileno com o argilo-mineral: troca catiônica e adsorção. Essas fases encontram-se descritas com bastante clareza no texto de CHEN et alli (1974):
a) “Troca de cátions: A molécula de

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