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A TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO ou A NOVA RETÓRICA
Retórica:
1. em sentido amplo: arte da eloquência em qualquer tipo de discurso;
2. em sentido restrito: “a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar a persuasão” (Aristóteles). Nesta predomina a forma (gramática e a dialética) e não o conteúdo.
Conceito
1) ganhar a adesão do auditório apenas com o uso da argumentação;
2) preocupa-se mais com a adesão do que com a verdade;
3) a linguagem é comum, porque dirigida a todos os homens em geral;
4) se propõe a modificar comportamentos e atitudes.
Características da retórica:
Filosofia e retórica à origens grega, séc. V a. C., em Siracusa/Grécia, para restituir as terras desapropriadas, pelo tirano Trasíbulo, aos proprietários. “Gênero judicial” do discurso retórico (Aristóteles).
Desenvolvimento: democracia ateniense à voto popular à muitas vezes era necessário justificá-lo perante os tribunais de justiça - função política. Esta exigia habilidade em raciocinar, falar e argumentar corretamente. Para isto, era necessária “educação política” à sofistas (professores).
No mundo grego
Sofistas: eram pensadores que tinham métodos e propósitos afins, mas não constituíam uma escola. Ensinavam a arte da política e as qualidades necessárias para a formação de bons cidadãos, incluindo a retórica (arte de persuasão, através da argumentação; são mestres na arte de bem falar; seus ensinamentos eram indispensáveis aos jovens bem-nascidos). Os sofistas gozavam de excelente reputação em sua própria época.
Mais tarde, graças a Platão, o termo “sofistas” ganha conotação pejorativa.
Os diálogos Górgias e Protágoras. Neste Platão manifesta sua preocupação com o domínio político dos sofistas para fins escusos através da argumentação, que subverte a verdade; naquele, há oposição entre crença e saber, pois a retórica preocupa-se só com a crença (verdadeira ou falsa) e não com o saber (sempre verdadeiro). Para Platão,