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A língua – tanto falada quanto escrita – é desde os primórdios o principal meio de comunicação da humanidade. Quando falada, ela é repleta de variações, coisa que não acontece com a língua escrita, que exige uma norma.A variação depende de inúmeros fatores, desde a origem do falante, até o local onde ele se encontra. Em nosso meio pode-se notar facilmente essa variação, sem ter que procurá-la com esforço. Ela está em todos os lugares. Na fila do pão, no jantar de família, na roda de amigos, no caixa do banco e apresentará as variações em cada situação do dia a dia, dependendo das necessidades de formalidade ou não, se prestarmos atenção ao nosso redor veremos como a língua pode variar.
A escrita exige uma norma mais formal, com as típicas regras que nos foram ensinadas desde o primário. É claro que nem todos seguem isto a risca e nem todas as situações exigem que a escrita seja formal principalmente quando nos dirigimos a pessoas íntimas, nas redes sociais e por e-mails a amigos.
Essa variação na forma de falar e consequentemente expressar pensamentos de forma própria a uma região ou cultura, desencadeia muitas vezes certo preconceito com o falante por ser considerada “errada”, sem levar em consideração suas origens ou qualquer que seja o fator que influencie na sua fala. E mesmo considerando que são inúmeras as variações, isso não impede de que um falante entenda o outro.
O modo como falamos com nossos pais não é o mesmo que falamos com nossos amigos ou professores. O jeito carinhoso de falar com um namorado, por exemplo, também não será usado quando nos dirigimos a uma autoridade, assim como Mikhail Bakhtin afirma: “cada época histórica da vida ideológica e verbal, cada geração, em cada uma de suas camadas sociais, tem sua linguagem: ademais, cada idade tem a sua linguagem, seu vocabulário, seu sistema de acentos específicos...” explicando o que está claro no nosso cotidiano e na maneira de expressão falada em diferentes grupos e níveis sociais.
Pode-se