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LARA, Silvia Hunold. Fragmentos setecentistas: escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. 456 p.
Palavras-chave: escravidão, América Portuguesa, século XVIII.
Keywords: slavery, Portuguese America, 18th century.
Graduada em História
(FAFIJA)
f.marchione@hotmail.com
Enviado em 29 de fevereiro de 2008 e aprovado em 30 de abril de 2008.
Na segunda metade do século XVIII cidades como Rio de
Janeiro e Salvador apresentavam um grande contingente de negros.
Estes se destacavam na paisagem urbana de tal modo que passaram a fazer parte das preocupações dos governantes da época e têm sido objeto de pesquisas recentes.
O período colonial foi por muito tempo visto pela ótica da incompatibilidade entre as estruturas do Antigo Regime e a escravidão e no qual as relações sociais se reduziam a polaridade senhores e escravos. Entretanto tal período passou por modificações historiográficas importantes na década de 1990 quando a história política começou a acompanhar a renovação dos estudos sobre o
Antigo Regime português fazendo emergir novas abordagens sobre as relações de poder no mundo colonial, especialmente sobre as tensões entre os interesses locais e centrais no império.
O caráter estrutural da escravidão na colônia tem sido apontado como o diferencial mais importante na separação entre o mundo colonial e a metrópole. Buscar compreender os significados políticos dessa diferença para os que viveram neste período, bem como entender se e como os escravos foram integrados na hierarquia das relações sociais na colônia são questões bastante pertinentes para a historiografia colonial e constituem pano de fundo do livro
Fragmentos setecentistas: escravidão, cultura e poder na América portuguesa de Silvia Hunold Lara.
O livro elaborado ao longo de mais de dez anos de pesquisa, sendo inicialmente tese de livre docência em História do Brasil pela
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) segue o caminho
aberto