1 A VULNERABILIDADE SOCIAL DOS TRABALHADORES E A QUESTÃO DA ÉTICA NAS RELAÇÕES

faculdade estácio de sá
JAIME MARAGNO MARCELINO

a VULNERABILIDADE SOCIAL DOS TRABALHADORES E A QUESTÃO DA ÉTICA NAS RELAÇÕES

Araranguá - SC
2010
1 a vulnerabilidade social dos trabalhadores e a questão da ética nas relações 2

1 a vulnerabilidade social dos trabalhadores e a questão da ética nas relações
A história do trabalho no Brasil moderno tem como marco zero a abolição da escravidão, em 1888. Ao longo do século XX, cultivou-se uma trajetória de conquistas e ampliação dos direitos trabalhistas. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com quase 70 anos é a herança varguista que permanece como o principal arcabouço dos direitos do trabalhador, apesar da política neoliberal de “flexibilização” promovida nos anos 90. Desde a Constituição de 1988 há uma grande mobilização social no sentido de garantir a cidadania universal nas relações profissionais. São frutos desse esforço, a licença maternidade, o seguro desemprego, a aposentadoria rural, a incorporação do emprego doméstico às normas da CLT e a discussão a respeito de cotas para afro-descendentes nas universidades e no funcionalismo público.
Mesmo com escassas informações, podemos esperar que o desemprego se concentre nas regiões e camadas sociais que mais se beneficiaram da expansão do emprego no ciclo de crescimento brasileiro. Esse fator aponta para a maior vulnerabilidade social da baixa classe média e da massa trabalhadora das regiões metropolitanas, já comprometidas pela concentração do desemprego, gerando maior impacto entre os jovens com segundo grau de escolaridade.
Dos principais temas de grande importância nas discussões e convenções promovidas pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), destacamos a precariedade e irregularidade do trabalho, ou seja, trabalho decente e vulnerabilidade social do trabalhador.
Ultimamente, a noção de trabalho precário ganhou grande voga às discussões acerca da gestão de recursos