1 Sobre Curr Culo E Educa O Para Surdos
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Ituiutaba/MG, 28 e 29 de setembro de 2012
CURRÍCULO, CULTURA E AS RELAÇÕES DE PODER SOBRE
A MINORIA SURDA
Katia Regina Conrad Lourenço1
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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, katiaregina.libras@hotmail.com;
‘Linha de trabalho: (X) Organização Curricular Alternativa e/ou interdisciplinar’
Resumo
Este artigo é parte inicial de uma pesquisa para dissertação de mestrado em Educação:
Currículo sobre as Políticas Públicas de Inclusão para pessoas com surdez. Investigando nas concepções de currículo e na perspectiva inclusiva de educação de Surdos – e os possíveis impasses que ela pode provocar – deu-se origem ao presente trabalho com o objetivo de identificar as relações de poder existentes no currículo da educação de Surdos1.
Palavras-chave: Política de Inclusão; Currículo; Sujeito Surdo.
Introdução
Esta pesquisa parte de uma representação da identidade Surda em estudos culturais 2, para tanto, o primeiro passo é afastar-se do conceito socialmente evidenciado da visão sobre o
Surdo como corpo danificado, deficiente.
O conceito de corpo danificado remete a questões de necessidade de normalização; o que significa trabalhar o sujeito Surdo do ponto de vista do sujeito normal ouvinte. O caso do
Surdo dentro da cultura ouvinte é um caso onde a identidade é reprimida, se rebela e se afirma em questão da original (PERLIN, 2005, p.53).
O Surdo, como assevera a mesma autora, tem diferença e não deficiência, diferença e diversidade. A cultura Surda como diferença se constitui numa atividade criadora, ela é disciplinada por uma forma de ação e atuação visual. A identidade surda se constrói dentro de uma cultura visual. Essa diferença precisa ser entendida não como uma construção isolada, mas como construção multicultural. Ao tratar de educação de Surdos, Lopes (2005), defende
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Surdo – com letra maiúscula – define não somente uma pessoa com deficiência, mas aquele especificamente que nasceu e/ ou se desenvolveu