1- QUEM SÃO OS WAIMIRI ATROARI
Os Waimiri Atroari, durante muito tempo, estiveram presentes no imaginário do povo brasileiro como um povo guerreiro, que enfrentava e matava a todos que tentavam entrar em seu território. Essa imagem contribuiu para que autoridades governamentais transferissem a incumbência das obras da rodovia BR 174 que liga Manaus a Boa Vista ao Exército Brasileiro, o qual utilizou de forças militares repressivas para conter os indígenas. Esse enfrentamento culminou na quase extinção do povo kinja autodenominação Waimiri Atroari.
2- COMO FOI O CONTATO COM OS WAIMIRI ATROARI
Os índios Waimiri Atroari eram arredios e bastante altivos lutavam pelas suas terras contra os invasores e por isso Aldeias inteiras foram dizimadas por expedições militares ou por matadores profissionais, porque sua população era tida como empecilho à livre exploração das riquezas naturais existentes nas terras que ocupavam. Só por volta de 1870 é que aconteceu o primeiro contato, por intermédio do etnógrafo e botânico João Barbosa Rodrigues. Em 1929 ocorreu o contato por parte do Serviço de Proteção ao Índio - SPI e em seguida pela Fundação Nacional do Índio - órgãos indigenistas oficiais.
Na década de 1960 foram iniciados, os trabalhos da Frente de Atração e Contato dos Waimiri Atroari, desencadeando-se um processo de desagregação cultural, através do qual sua população foi exposta ao implacável expansionismo social e econômico da sociedade brasileira, alardeado pelo então governo militar.
Ocorreram atos violentos do contato que se passou a travar com os Waimiri Atroari, decorrente da pressão pela construção acelerada da rodovia BR 174, que foi: a morte padre e antropólogo Giovane Calleri, em 1968, a quem se incumbiu de consumar o contato com eles num período de três meses; a outra, da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, chefiada pelo indigenista Gilberto Pinto Figueiredo, que tentara restabelecer a Frente de Atração, com o intuito de promover um contato baseado