1. Os eletrodos revestidos e soldagem a arco elétrico
O processo de soldagem pode ser definido, de forma simples, como um processo de união localizada de metais e não metais, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, usando, ou não, material de adição. A soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido é uma das formas de soldagem mais utilizadas hoje em dia, graças à sua versatilidade, baixo custo de operação e à simplicidade dos equipamentos necessários, entre outras razões. Para realizá-la, utiliza-se o calor de um arco elétrico entre a extremidade de um eletrodo revestido e a peça de trabalho. O calor do arco funde o metal e o eletrodo, que é composto de “alma” e “revestimento”. Este, quando consumido junto com o calor do arco, forma a escória e gases que protegem o metal, além de adicionar elementos de liga à poça de fusão. O papel do revestimento é o de proteger as gotas de metal fundido, quando são transferidas através do arco para a poça de fusão. Ele proporciona estabilidade ao arco e ajuda a controlar a forma do cordão de solda. Se não fossem os gases formados com a decomposição do revestimento, o oxigênio e o nitrogênio do ar causariam fragilidade e porosidade na solda. Já a função da escória é a de preservar o metal da solda durante o processo de solidificação, agindo com uma proteção adicional contra os contaminantes atmosféricos. Além disso, age como purificadora (absorvendo impurezas) e controla o contorno, a uniformidade e a aparência geral do cordão de solda, o que é muito importante, particularmente nas juntas em ângulo. Os equipamentos e materiais necessários para a soldagem com eletrodos revestidos incluem, em geral: mesa de soldagem, fonte de energia com controle do nível de corrente de soldagem, cabos, ferramentas, material de segurança, porta-eletrodo e eletrodos. Existem diversos tipos de eletrodos, que devem ser escolhidos de acordo com o tipo de soldagem a ser realizada.