1 Guerra
SOCIOLOGIA
Juracer Cabral
Sociologia II – Atividade Durkheim, Sociologia e Educação
Niterói
2013
As definições da educação – exame crítico (pp. 33-38)
Em sua mais larga acepção, compreende mesmo os efeitos indiretos, produzidos sobre o caráter e sobre as faculdades do homem, por coisas e instituições cujo fim próprio é inteiramente outro: pelas leis, formas de governo, pelas artes industriais, ou, ainda, por fatos físicos independentes da vontade do homem, tais como o clima, o solo, a posição geográfica”. (pág. 39, linha 07)
Segundo Kant, “o fim da educação é desenvolver, em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz!”. (pág. 40, linha 04)
Não podemos, nem devemos, nos dedicar, todos, ao mesmo gênero de vida; temos, segundo nossas aptidões, diferentes funções a preencher, e será preciso que nos coloquemos em harmonia com o trabalho, que nos incumbe. Nem todos somos feitos para refletir; e será preciso que haja sempre homens de sensibilidade e homens de ação. (pág 40, linha 16)
Daí uma primeira diferenciação que não ocorre sem ruptura de equilíbrio. E a ação, por sua vez, como o pensamento, é suscetível de tomar uma multidão de formas diversas e especializadas. Tal especialização não exclui, sem dúvida, certo fundo comum, e, por conseguinte, certo balanço de funções tanto orgânicas como psíquicas, sem o qual a saúde do indivíduo seria comprometida, comprometendo, ao mesmo tempo, a coesão social. (pág. 40, linha 27)
Menos satisfatória, ainda, é a definição utilitária, segundo a qual a educação teria por objeto “fazer do indivíduo um instrumento de felicidade, para si mesmo e para os seus semelhantes” (James Mill). (pág 41 , linha 02)
Tal fórmula deixa, portanto, indeterminado o fim da educação, e por consequência a própria educação, que fica entregue ao arbítrio individual. É certo que Spencer ensaiou definir objetivamente a felicidade. Para