1.1. O surgimento do Serviço Social na Europa antiga
No feudalismo, as terras ou feudos, eram dominadas pela nobreza ou autoridades eclesiásticas. Estas terras eram a base para o sustento e riquezas medievais, o que propiciava um rígido sistema social baseado no privilégio do nascimento.
O "feudo", domínio territorial de um "senhor" (geralmente barão ou bispo), consistia quase sempre de uma pequena aldeia de camponeses e suas áreas circundantes, às vezes muito vastas: o senhor de terras característico das áreas de servidão eram assim um nobre proprietário e cultivador ou um explorador de enormes fazendas. (TRINDADE, 2002, p. 19)
O sistema hierárquico feudal era organizado em forma de pirâmide, onde a Igreja Católica ocupava o topo e determinava como as pessoas deviam pensar e agir baseado em princípios bíblicos. No centro da pirâmide estava a nobreza, representada pelos senhores feudais donos de terras, e na base encontravam-se os servos, que recebiam dos senhores feudais pedaços de terras para serem cultivados em troca de proteção durante conflitos entre feudos.
Porém, em meados do século XIV, chegou à Europa a peste negra, matando quase um terço de sua população. A grande maioria de suas vítimas eram servos, o que ocasionou uma grande escassez de mão-de-obra, obrigando os senhores feudais a contratarem força de trabalho em larga escala, que cada vez mais se tornavam mais caras.
Neste momento a burguesia começava a se destacar no cenário europeu, atuando no setor bancário realizando empréstimos para os senhores feudais. A burguesia representava uma pequena elite econômica acumuladora de capital. Todo esse processo enfraqueceu o sistema feudal e fortaleceu o conceito de produção capitalista,