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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA MÚSICA BRASILEIRA
Jorge Luis Vitor Hipólito (UEMS) jomek@ig.com.br Nataniel dos Santos Gomes (UEMS) natanielgomes@hotmail.com 1.
Introdução
Desde os tempos mais remotos, os seres humanos necessitam comunicar-se, para buscar abrigo, alimentos, reprodução, ou mesmo para manter as relações sociais. Por meio deste contato instrumento, a comunicação, são celebrados os contratos sociais, possibilitando que as intenções sejam interpretadas e cumpridas ou mesmo compartilhadas. Foram utilizados vários tipos de linguagens, sinais entre outros, dando origem à língua, por conseguinte culminando na fala, processo particular e único de cada ser humano.
Dentro de uma mesma língua podem existir inúmeras variações, uma delas é a variante regional, o mote deste trabalho. Bebendo do conhecimento de Bagno (2007), este conceitua o regionalismo como um dialeto que é usado no cotidiano de determinado grupo de falantes que habitam a mesma região do país. Estes têm a franca possibilidade de produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se plenamente, tornando possível o convívio social.
Esta linguagem utilizada nas regiões, os dialetos, são influenciados por vários fatores externos e internos aos indivíduos que lá habitam tais como a condição social, a faixa etária, o gênero (se masculino ou feminino), o ambiente a qual o indivíduo está inserido e algumas diferenças existentes entre as regiões (o clima, posição geográfica, descendência linguística). Neste artigo iremos permear estas condições de maneira sucinta e direta, levando o leitor a compreender as nuanças da língua nesta colcha de retalhos que é o nosso imenso Brasil.
A fala regional manifesta a condição de seus falantes, nas mais diferentes variedades, também chamados dialetos sociais ou de ocasião.
Assim sendo, as letras/textos de músicas em sua maioria são estilizadas de acordo com a rima, o ritmo e o tema. Deixando de certo