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RESENHA 3O texto de Wilson e Sperber define a Teoria da Relevância como uma abordagem pragmático-cognitiva que revela uma característica inerente a todo ser humano: preocupar-se com as coisas que vêm ao encontro de seus interesses. Essa teoria considera os interesses pessoais como fenômenos que são relevantes para cada indivíduo. Esses fenômenos ocorrem através de estímulos perceptuais, como por exemplo, o enunciado, que pode ou não atrair a nossa atenção. Nesse sentido, um enunciado ao ser produzido transforma-se numa manifestação ostensiva, um conjunto de suposições, que servirão para evidenciar a intenção informativa do falante. Caberá ao ouvinte, através da percepção, da decodificação linguística, das deduções e de seu conhecimento de mundo, processar a interpretação daquilo que foi enunciado. Nesse sentido, os autores apresentam um sistema inferencial para que se processe a interpretação do enunciado.
Através das suposições baseadas num contexto de informações armazenadas na memória do ouvinte, chamados de efeitos contextuais, os autores abordam o processo comunicacional preocupando-se com o sucesso ou não da compreensão do enunciado. Os autores afirmam que: se considerarmos um maior efeito contextual e um menor esforço para processar as informações, maior será a relevância do contexto.
Assim, a Teoria da Relevância privilegia os aspectos inferenciais e ostensivos que são realizados espontaneamente pelos indivíduos. Esse processo ostensivo-inferencial é um ato comunicativo que expressa o objetivo central da Teoria da relevância, que é explicar como o contexto ajuda a compreender os significados dos enunciados, auxiliando o ouvinte na escolha de informações relevantes com menor esforço possível de processamento.
O segundo texto trata da aplicação e compreensão da Teoria dos Espaços Mentais de Fauconnier. Esta teoria trata do processo das construções mentais, ou seja, tenta explicar o que acontece em nossas mentes quando falamos ou pensamos. Para