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seja, elas podem ser modificadas em distintos momentos da vida de uma pessoa e/ou grupos. Ademais vale lembrar que as relações de gênero e poder permeiam estas noções e elas também são mutáveis de sociedade para sociedade ou até dentro de uma mesma sociedade em épocas distintas.”Texto elaborado pela facilitadora Jeane Freitas de Oliveira, Professora assistente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia
- UFBA, doutoranda em Saúde Coletiva do Instituto de saúde Coletiva da
UFBA, bolsista FAPESB, integrante do Grupo de Estudos em Saúde da
Mulher - GEM/EEUFBA, para o módulo sobre “vulnerabilidade: conceito e prática” da capacitação realizada no município de Salvador/BA.
Vulnerabilidade pessoal (ou individual):
No plano pessoal, a vulnerabilidade está associada a comportamentos que criam a oportunidade de infectar-se e/ou adoecer, nas diversas situações já conhecidas de transmissão do HIV (relação sexual desprotegida, uso de drogas injetáveis, transfusão sangüínea e transmissão vertical).
Depende, portanto, do grau e da qualidade da informação de que os indivíduos dispõem sobre o problema, da sua capacidade de elaborar essas informações e incorporá-las ao seu repertório cotidiano e, também, das possibilidades efetivas de transformar suas práticas. O grau de consciência que os indivíduos têm dos possíveis danos decorrentes de comportamentos associados à maior vulnerabilidade precisa ser considerado. Mas a mudança de comportamentos não é compreendida como decorrência imediata da vontade dos indivíduos. Conhecimentos e comportamentos têm significados e repercussões muito diversificados na vida das pessoas, dependendo de uma combinação, sempre singular, de características individuais, contextos de vida e relações interpessoais que se estabelecem no dia-a-dia. Por isso, não é possível dizer que uma pessoa “é vulnerável”. Só é possível dizer que uma pessoa está vulnerável a um determinado problema, em um determinado momento de sua vida.
Vulnerabilidade