Efeito de um Programa de Fisioterapia na dor e Biomec nica do ombro em portador de Tendinite cr nica

Efeito de um Programa de Fisioterapia na dor e Biomecânica do ombro em portador de Tendinite crônica – um estudo de caso

Carlos Gabriel G. de Moura, Paula Rezende Camargo, Ana Beatriz de Oliveira, Melina Nevoeiro Haik, Francisco Alburquerque Sendín, Tania de Fátima Salvini.

Resumo

Introdução
A tendinite calcária do ombro é uma condição dolorosa e comum, caracterizada por calcificação no tendão do manguito rotador. O tendão do supra-espinal é o mais acometido devido a sua localização na zona crítica, descrita como uma área hipovascular na região distal do tendão, próxima à inserção no tubérculo maior do úmero (Rowe 1985).
A incidência da tendinite calcária pode variar de 7% a 17% em pessoas com dor no ombro (Harniman et al. 2004; Hearnden et al. 2009). A prevalência de depósitos calcários no tendão no manguito rotador é de aproximadamente 3% em ombros assintomáticos que podem tornar-se sintomáticos no período de três anos (Bosworth 1941). O maior acometimento é em mulheres e, geralmente, acomete indivíduos entre 40 e 60 anos (Harvie et al. 2007).
A tendinite calcária pode ser classificada em três tipos de acordo com os depósitos calcários observados na radiografia (Gärtner e Heyer 1995): Tipo I (denso com bordas bem definidas), Tipo II (denso com bordas não definidas ou transparentes com bordas bem definidas), Tipo III (transparente com bordas não definidas). Sua etiologia e patogênese no ombro ainda não estão claras na literatura. A hipovascularização e as alterações degenerativas e proliferativas locais no tecido tendinoso do manguito rotador são geralmente descritas como as possíveis causas (Gärtner e Simons 1990; Moseley 1963; Uhthoff e Sarkar 1990).
Essa desordem leva à dor, principalmente noturna (ref). Em cerca de 50% dos pacientes, ocorre restrição da amplitude de movimento (McKendry et al. 1982). A apresentação clínica pode variar consideravelmente, e os sintomas podem durar dias e em seguida desaparecer ou se tornarem crônicos (Uhthoff e Sarkar