02 08 06 O comprometimento do Estudante com a Aprendizagem
ONDE ESTÁ O ESTADO DA ARTE?
FELICETTI, Vera Lucia – PUCRS – verafelicetti@ig.com.br
MOROSINI, Marília – PUCRS – marilia.morosini@pucrs.br
Eixo: Educação Superior/04
Agência Financiadora: CAPES
Introdução
Entre os tantos fatores e sujeitos que envolvem o ensino, o professor tem e vem sendo o cerne de muitas investigações. Entre elas, a questão da formação docente se destaca, constatando que o professor não é formado apenas por um conjunto de conhecimentos ligados a uma determinada área da Ciência, mas sim, formado por inúmeros aspectos que são corroborados ao longo do tempo, influenciando na sua formação docente (TARDIF, 2002; CONTRERAS, 1997). Os resultados dessas investigações demonstram que o conhecimento e as crenças dos professores transformam-se continuamente, afetando de modo significativo a maneira como os professores organizam e ministram suas aulas, intervindo no processo ensinoaprendizagem.
Entretanto, somente o professor sofre transformações e/ou tem a capacidade de mudar a maneira de ‘ensinar’ ou ‘aprender’?
Diante de um contexto escolar que abarca problemas de ordem social, econômica, política, entre outros, não se está remetendo apenas ao professor uma responsabilidade que compete a outros também? Será que somente competências ou habilidades metodológicas são suficientes? Um professor comprometido com sua profissão docente consegue ‘ensinar’ a todos os seus alunos? E, em extensão, todos estes conseguem ‘aprender’? Certamente que não! Então um novo questionamento surge: Ao aluno não cabe o sentimento de comprometimento com a aprendizagem?
Obviamente que um trabalho docente de qualidade requer necessariamente um comprometimento do profissional em educação, no todo do seu fazer docente. Porém, o
2 comprometimento compete, também, ao educando, visto que só aprende quem quer aprender, e só se ‘ensina’ a quem quer ser ensinado. De acordo com Tardif (2002, p.
132), “nada nem ninguém pode forçar um