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Materialismo e Modo de Produção
Entre os conceitos pertinentes ao paradigma de análise da sociedade proposto pelo Materialismo Histórico, é quase um truísmo lembrar que ocupa especial lugar de 1 Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Doutor em História pela
Universidade Federal Fluminense.1 destaque o conceito de “modo de produção”. De fato, a idéia de considerar o “Modo de
Produção” como ponto de partida para as análises históricas e sociológicas foi a grande novidade trazida por Marx e Engels, no que concerne particularmente à sua contribuição para as futuras ciências sociais e humanas2
. O conceito, certamente, beneficiou-se de inúmeras redefinições face ao desenvolvimento de trabalhos historiográficos mais específicos. Mas podemos entendê-lo inicialmente como a combinação das “forças de produção” e “relações de produção” correspondentes a certo período ou sociedade historicamente localizada, sendo que estes dois fatores – as “forças de produção” e as
“relações de produção” – estão fadados a se tornarem contraditórios no processo dialético, apesar de terem sido tão bem ajustados no momento nascente do modo de produção, já que as ‘relações de produção’ são geradas no interior de uma determinada formação social precisamente pelas ‘forças de produção’.
É o próprio Marx quem nos diz, no Prefácio de Contribuição para a Crítica da
Economia Política (1859), que as ‘relações de produção’, que um dia foram o motor das
‘forças de produção’, tornam-se o seu entrave. Neste momento, ou no momento de maior acirramento da contradição, estas duas realidades mal ajustadas precisam fazer o seu acerto dialético. As ‘forças de produção’ em expansão não comportam mais a reação e resistência que lhes é imposta pelas ‘relações de produção’ imobilizadas, retrógradas, inadequadas diante de uma realidade que já se modificou. Sobrevém, então, um momento de “revolução social”. A Tese confrontou-se com a sua

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