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O silêncio dos bons
Francisco José Santos Amaral *
Qual itaitubense que está se beneficiando com a invasão de centenas de dragas existentes no leito do rio Tapajós? A resposta é simples: ninguém. Nenhum itaitubense ou garimpeiro é proprietário de nenhuma daquelas dragas. Todos vieram de fora para usurparem nossas riquezas naturais e acabarem com o nosso rio sem deixar um centavo para Itaituba, pois até mesmo o alimento que consomem vem de fora.
Pior que isso. Além de tirar oportunidade de trabalho de milhares de pessoas, já que uma máquina daquelas executa o trabalho de no mínimo 50 homens, todo o ouro extraído é levado para ser vendido em outros centros sem declarem impostos que pudessem ser revertidos em benefícios para a população.
Parece que somente quem vem atuando como lobista e que se acostumou a sugar este município sem lhe dar nada em troca é que apóia inflamando os desavisados a defenderem este crime que vem acontecendo a céu aberto no nariz das autoridades sem que tenham coragem de se opor a esse dolo contra a nação.
Onde estão os vereadores itaitubenses? Será que algum dos atuais parlamentares também está sendo beneficiado e por isso está sendo conivente com os donos dessas dragas que estão acabando com o Rio Tapajós? Ou todo o colegiado atual está pegando uma “merreca” para não se posicionar contra tal destruição?
Digo isto porque é público é notório que na legislatura passada havia um que até hoje é beneficiado com esta ação de extermínio do rio Tapajós.
Não sei nem se devo questionar a atuação do nosso Ministério Público em tal questão, já que o próprio Governo do Estado do Pará, de omisso passou a ser conivente e, através da Sema, tornou-se um dos principais incentivadores dessa insanidade contra o rio Tapajós e o povo Tapajoara.
Urge a necessidade de que alguém tome providências para coibir o uso dessas dragas no leito do rio Tapajós. Daí, não posso deixar de fazer minha parte e questionar a sociedade civil organizada, representada pelos