01 CRESCIMENTO
Tomando como base o estudo de Guedes e Guedes (1997), o crescimento refere-se ao aumento no tamanho do corpo causado pela multiplicação ou pelo aumento do número de células. Por definição, corresponde às alterações do corpo como um todo ou de partes específicas, em relação ao fator tempo. Para Tani et al
(1988), o crescimento é um aumento do número e/ou do tamanho das células que compõem os diversos tecidos do organismo, o que, segundo Arruda (1993), pode ser mensurado pela realização de medidas antropométricas de estatura, de massa corporal, de dobras cutâneas, de circunferências e de diâmetros.
Machado (2007) afirma que o crescimento diz respeito às mudanças na quantidade de substância viva do organismo, assim como a um aspecto quantitativo medido em unidades de tempo (cm/ano, g/dia) que enfatiza as mudanças normais de dimensão e que podem resultar em aumento ou diminuição de tamanho, aspectos que podem variar em forma e/ou proporção.
Para Malina e Bouchard (2002), o crescimento é resultado de um complexo mecanismo celular que envolve basicamente três fenômenos diferentes:
a) hiperplasia – aumento do número de células a partir da divisão celular;
b) hipertrofia – aumento do tamanho das células a partir de suas elevações funcionais, particularmente com relação às proteínas e seus substratos;
c) agregação – aumento da capacidade das substâncias intercelulares de agrupar as células. A Figura 1 apresenta as fases de crescimento que ocorrem no organismo, e demonstra que o crescimento ocorre principalmente a partir dos ossos longos.
Malina e Bouchard (2002) alertam, ainda, que devem ser esclarecidos temas fundamentais para o entendimento do processo de crescimento, tais como:
a) o predomínio de um desses fenômenos, apesar de os três se apresentarem como características básicas do crescimento, em dado momento deverá variar em função da idade da pessoa e do tecido envolvido;
b) a presença de um quarto fenômeno no processo de crescimento, a chamada