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Energia EólicaA produção brasileira de energia com base nos ventos é um jogo. O prêmio, uma solução à complexa tarefa de balancear desenvolvimento socioeconômico e segurança do meio ambiente. Em partidas virtuais, as equipes que disputam essa competição se reúnem na frente de seus computadores. A cada rodada, estratégicas são revistas, e planos, redesenhados, sem que se perca, no entanto, o foco na viabilidade financeira das propostas. Encontrar a medida exata entre tensão e frieza ajuda a atingir o alvo. Nem tanto ao custo nem tanto à receita Feitas as apostas, sai vitorioso o proponente do menor preço pelo megawatt-hora (MWh), a ser produzido no prazo de três a cinco anos durante duas décadas. Tem sido assim desde 2009, quando a modalidade eólica foi inserida nos leilões eletrônicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a qual cabe prever e viabilizar o crescimento da produção energética na mesma proporção da demanda do consumo. O esperado é a prosperidade e, como consequência, uma alta expressiva da demanda até 2020, está posto o desafio –gerar um volume semelhante de energia competitiva e limpa .O Plano Decenal de Energia da EPE estima que a participação da geração eólica na matriz energética dê um salto do atual 1% para 7%.Como atingir tal meta, porém, e ainda garantir preços viáveis para o megawatt-hora, sem comprometer a competividade da indústria e sem pesar sobre as finanças de comerciantes e consumidores, é a questão. A inclusão de usinas que aproveitam a força dos ventos em leilões exclusivos às fontes renováveis ou, da mesma forma e simultaneamente, Às derivadas de combustíveis fósseis é apontada como o segredo do sucesso do modelo brasileiro. Enquanto lá fora predomina o incentivo dos governos, aqui prevalece a boa e velha lógica de mercado, uma mistura de oportunidade natural, negociação acirrada entre fornecedores de equipamento e busca por preços justos, no limite dos interesses de produtores e consumidores. Essa equação justifica