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Filho de Daniel Eduardo de Figueiredo e Feliciana Cirne, Pedro Américo era irmão do também pintor Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo. Nasceu em uma família ligada às artes na cidade de Areia no estado da Paraíba, ainda que de escassos recursos, e desde cedo encontrou em sua casa o estímulo necessário ao desenvolvimento de seu talento precoce, incluindo na música, ensinada pelo seu pai Daniel, que era violinista, e que o introduziu também no desenho apresentando-lhe livros sobre artistas célebres Logo a fama do pequeno prodígio se espalhou pela cidade, e quando ali chegou em 1852 uma expedição científica liderada pelo naturalista Louis Jacques Brunet, este foi visitá-lo e pôde apreciar uma série de cópias de obras clássicas realizadas pelo menino, o que foi causa de pasmo no viajante.
Querendo testá-lo para comprovar a habilidade que se apregoava, arranjou uns objetos e fez Pedro Américo desenhá-los em sua presença, e ele os reproduziu com grande semelhança. Impressionado, Brunet decidiu levá-lo consigo como desenhista em sua expedição. Depois de se formar em Belas Artes no Rio de Janeiro, Pedro Américo obteve uma bolsa de estudos dada pelo imperador Pedro 2o e foi para a Escola de Belas Artes em Paris, na França, onde aperfeiçoou seu estilo com os pintores Jean-Auguste-Dominique Ingres e Horace Vernet.
Na capital francesa, cursou filosofia e literatura na Universidade Sorbonne, além de iniciar o estudo da física no Instituto Ganot. Também escreveu poemas, estudos e romances. Seu ensaio sobre a "Refutação da Vida de Jesus por Renan" valeu-lhe a comenda papal da Ordem do Santo Sepulcro. Entre suas obras literárias e filosóficas, destacam-se "A Reforma da Academia de Belas Artes de Paris", "Discursos sobre a Estética e Ciência e os Sistemas".
Regressando ao Brasil, venceu um concurso para professor da cátedra de Desenho da Academia com a obra Sócrates afastando Alcebíades dos