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O vasto território em que se fala o espanhol abrange grande parte da América Latina (com exceção do Brasil, Haiti e Guianas), alguns pontos da costa ocidental da África e as Filipinas, além das comunidades judias da Turquia européia, dos Balcãs, da Síria e de Israel. O nome castelhano, mais empregado na América Latina que na própria Espanha, é reminiscência do domínio alcançado pelo dialeto do reino de Castela, que absorveu os demais (leonês e navarro-aragonês), servindo de base à língua literária da Espanha.
História
Antes da conquista romana da península ibérica, habitaram essa região os povos iberos, cujo falar, provavelmente, foi o responsável pela conversão do f inicial em h. A influência mais acentuada deve-se aos romanos, após a segunda guerra púnica, e abrange os campos léxico, morfológico e sintático. A partir do século V outras influências se fizeram sentir, com as conquistas dos germânicos (vândalos, alanos, suevos e visigodos), que terminou no ano 711 com as invasões dos árabes, cujo domínio deixou marcas profundas no espanhol.
Os primeiros documentos do castelhano encontram-se em textos latinos do século VIII, mas somente no século XIII se iniciou a formação da língua literária, cuja fixação culminou em 1492 com a união de Castela e Aragão, data que coincidiu com a expulsão definitiva dos árabes e a publicação da Gramática castellana de Antonio de Nebrija.
No século XVIII fixaram-se em todos os níveis da língua as normas do espanhol moderno. Com o lema de "purifica, fixa e dá esplendor", foi criada em 1713 a Real Academia Espanhola. Seu objetivo imediato foi a redação do chamado Dicionario de