Soneto Da Perdida

tornar,Eclipse nesse passo o sol padeça.A luz lhe falte, o céu se lhe escureça,Mostre o mundo sinais de se acabar,Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,A mãe ao próprio filho não conheça.As pessoas, pasmadas de ignorantes,As lágrimas no rostro, a cor perdida,Cuidem que o mundo já se destruiu.Ó gente temerosa, não te espantes,Que este dia deitou ao mundo a vidaMais desaventurada que se viu! © Edições ASA II, SA 3. Vocabulário Moura/pereça/padeça = morra; Rostro = rosto/face; Cuidem =…

e a novidade da imagem na poesia de Murilo Mendes, que pelo uso de uma linguagem coloquial e simples buscou em sua poesia obter o inesperado e o elevado pela forma e resultado de suas metáforas. Nota-se em sua produção, especialmente a partir de Sonetos brancos, de 1948, uma vocação para o real e o suprarreal, levando a sua poesia a se avizinhar da paisagem e dos objetos em busca de formas e dimensões concretas4. Entre seus livros mais significativos está Contemplação de Ouro Preto,…

E, olhos postos em ti, digo de rastros: “Ah! Podem voar mundos morrer astro Que tu és como Deus: Princípio e Fim!” (ESPANCA, F.) Resumo Pretende-se com os sonetos Fanatismo de Florbela Espanca e Soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes alcançar – numa reflexão verticalizante – as similaridades e divergências entre eles, destacando o fator dialógico e a artisticidade ali contida. Há que se salientar que Florbela Espanca pertenceu

Cá, neste labirinto, onde a Nobreza, O Valor e o Saber pedindo vão Às portas da Cobiça e da Vileza; Cá, neste escuro caos de confusão, Cumprindo o curso estou da natureza. Vê se me esquecerei de ti, Sião! Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" Amor é um Fogo que Arde sem se Ver Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre

Triste Bahia Este poema foi uma sátira onde Gregório retratou a sociedade brasileira. Este poema é um soneto com versos decassílabos dispostos de forma interpolada (Abba, Abba, cde, cde). Na primeira estrofe o eu – lírico percebe as transformações do estado lamentando, abordando nos últimos versos a questão econômica, pois alega que viu a Bahia rica, depois a tristeza da crise se espalhando e sua terra empobrecendo. Na segunda estrofe o eu – lírico fala que tanto sua terra natal…

Vinicius de Moraes Livro de Sonetos [pic] Rio de Janeiro. (2ª ed. aumentada, Rio de Janeiro: Sabiá, 1967); Livros de Portugal.1957 Ária para assovio Inelutavelmente tu Rosa sobre o passeio Branca! e a melancolia Na tarde do seio As cássias escorrem Seu ouro a teus pés Conheço o soneto Porém tu quem és? O madrigal se escreve: Se é do teu costume Deixa que eu te leve (Sê... mínima e breve A música do perfume Não guarda ciúme) Rio de

quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido, Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada Glória tal, e prazer tão repentino vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. A poesia…

estrutura externa? (Tipologia textual, métrica, esquema rimático) A composição poética apresentada tem como tipologia textual um soneto, constituído por 4 estrofes, duas quadras e dois tercetos, onde o último terceto é nomeado como chave d’Ouro (uma conclusão e síntese do poema) O poema é constituído por versos decassilábicos, métrica característica dos Sonetos O esquema rimáticoé : [ABBA ABBA CDE CDE] – Rima interpolada e emparelhada * Leitura do Poema * O dia em que eu nasci, moura

Evaildo Queiros Rodrigues Índice *Introdução Entrando no mar da poesia... -Navio errante -Busque Amor novas artes, novo engenho -Amor é um fogo que arde sem se ver -Soneto do Cativo -Soneto 96 Introdução “ Toda a gente sabe que um poema é um composto de relâmpagos de linguagem que nos permite quebrar o vidro fosco do tempo e descrever as cores e a vibração das almas. Há quem prefira definir o poeta como aquele que condensa num mínimo de…

através do vocabulário usual. Daí a dificuldade muito frequente em se compreender sua poesia. A afirmação pode ser justificada através do soneto acima? Nos poemas simbolistas os autores mergulham no seu inconsciente, no “eu” interior. Por adotar a estrutura parnasiana o uso de metáforas e palavras rebuscadas tornam difícil sua compreensão. É o que acontece no soneto “música misteriosa” de Cruz e Souza que descreve uma viagem aos astros, representando a imaginação do seu mundo dos sonhos…