NEM TODO RICO NO MURO É MASCULINO

feito em lugares perigosos e durante a noite, por isso é difícil acreditar que exista lugar para uma mulher fazer desenhos delicados, pintados com cores e traços femininos” (JOYCE ADRIANE, 2006 p.20). Atuar em outra esfera, ultrapassar as barreiras dos afazeres domésticos. A mulher assim como o homem, também é um ser de necessidade 12 que se reinventa à medida que novas necessidades surgem. “Há de se ressaltar que todas as sociedades historicamente conhecidas revelam predominância masculina...” (CONCEIÇÃO, 2009:745) E que a atuação feminina no graffiti reflete esse apanhado histórico de relações sociais e desigualdades não só de gênero mais de raça e classe. “Até então, a educação das mulheres era voltada principalmente à formação moral e à construção do papel de educadora de gerações futuras, responsável pela educação dos filhos. Era igualmente responsabilidade delas a reprodução, que as mantinha isoladas na vida doméstico/privada, interditando-lhes qualquer forma de participação social. Tais construções conduziram a uma associação entre mulheres e submissão, que vai ser reforçada na construção da ideologia da “feminilidade”, associando as mulheres ao estereótipo do sexo frágil”. (MORENA, 2009, p.6). A necessidade de expressão, liberdade para intervir em seu meio, de expor o que pensa mesmo que anonimamente utilizando pseudônimos, dizer o que pensa e sente. Reflexo de problemas mais complexos de protestar contra um sistema que não deu…

movimento amplo de análise. Para Salgado (2007, p.75), este movimento se divide em três tópicos, que são: a educação para aceitar, para aprender e para esquecer. Em educação para aceitar, Salgado se refere à habilidade de aceitar a velhice, suas limitações, perdas e modificações. Isto quer dizer, ser resiliente[9] diante da vida, compreender o momento e saber tirar o melhor proveito dele. Já na educação para aprender, é exposta a necessidade de se manter aberto para a vida e…