Resenha

Resenha Crítica BAUDELAIRE, Charles. Sobre a Modernidade: O pintor da Vida Moderna. 4. Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. 77p. Charles Pierre Baudelaire, poeta e teórico da arte francesa. É considerado um dos principais nomes e precursor do simbolismo literário. Nasceu em Paris em 1821 e publicou a Arte romântica em 1852, as flores do mal 1957, entre outras. O belo, a moda e a felicidade Charles Baudelaire inicia sua obra fazendo uma crítica aos valores dados a obras de arte antigas e modernas, pessoas que não conhecem a fundo certas obras e só por terem visto uma única vez, se acham conhecedoras. Vez ou outra aparece um critico que fala sobre poetas menores e dizem que nem tudo está nos poetas mais conhecidos. Ele diz que o mundo mudou um pouco e fica feliz em ver que alguns poetas foram reconhecidos. O belo se contrapõe ao feio, o que hoje é visto como antiquado, um dia foi considerado belo, o que para Baudelaire é um ultraje, são pessoas insensatas que não sabem apreciar a “moral e estética da época”. O que o homem pensa ser belo é o modo como se veste, como “corta” suas roupas e acaba por tentar se parecer com aquilo que deseja ser. As pessoas acham que certa roupa é feia ou estranha, mas acaba imitando os trajes que consideram ruins, não gostam das roupas antigas e se vestem como as pessoas se vestiam antes. A arte antiga sempre está presente no moderno ainda que muitos achem que não. A verdade é que o moderno é um antigo melhorado.

Texto II Marshall Berman ‘Baudelaire: o Modernismo nas Ruas’, 1982 BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. Mas agora imagine uma cidade como Paris (...), imagine esta metrópole mundial (...) onde deparamos com a história em cada esquina. Goethe a Eckermann, 3 de maio de 1827 Não é apenas no uso de imagens da vida comum, não apenas nas imagens da vida sórdida de uma grande metrópole, mas na…

propõe-se a fazer uma análise mais detalhada do Trabalho das passagens. Nessa perspectiva, são feitas algumas considerações técnicas sobre a obra e, em seguida, tomando por base o epistolário entre Benjamin e Scholem, busca-se entender o modo peculiar como esta obra foi concebida por Benjamin. Trabalho das passagens é um conjunto de textos que se relacionam a um grande projeto: um livro sobre a cidade de Paris no século XIX. Benjamin retoma nele o velho motivo do “livro do mundo” e …

ambiente social, o que acaba inibindo o seu valor ideológico; ao invés de enriquecê-la. Na sala de aula, é importante o educador ajudar o aluno identificar a história; o texto e o contexto que há na literatura. A articulação entre o discurso literário e o contexto social é ação fundamental para a compreensão de cada obra. De outra forma fica incompleto compreender a mensagem. Alguns critérios que podem ser utilizados, como se saber detalhes da vida e obra do autor, a época em que viveu,…

III BAUDELAIRE: O MODERNISMO NAS RUAS Mas agora imagine uma cidade como Paris (...), imagine esta metrópole mundial (...) onde deparamos com a história em cada esquina. Goethe a Eckermann, 3 de maio de 1827 Não é apenas no uso de imagens da vida comum, não apenas nas imagens da vida sórdida de uma grande metrópole, mas na elevação dessas imagens a uma alta intensidade — apresentando-a como ela é, e não obstante fazendo que ela represente alguma coisa além de si mesma — que Baudelaire…

de um órgão, que divulgasse trabalhos acadêmicos de seus docentes (e de docentes de outras instituições nacionais e estrangeiras) e alunos, veio se mostrando como algo imperioso, o que fez que seus gestores investissem na criação de uma publicação on-line – a Revista Acadêmica –, cujo fim seria o de apresentar o que de mais atual houvesse no plano da pesquisa e da produção científica. Vem daí que a revista tenha sido planejada com um caráter propositadamente multidisciplinar,…

desenvolvida a partir desses textos. Para alcançar tais objetivos, vamos dar três grandes saltos ao longo do semestre. No primeiro momento, vamos nos situar na Grécia Antiga e dar atenção à poética clássica, lendo uma tragédia e uma comédia, conhecendo a épica e a lírica, e acompanhando o pensamento de Aristóteles sobre a literatura de seu tempo. Da antigüidade clássica daremos um salto sobre a Idade Média para cair diretamente nos tempos modernos. Inauguramos esse segundo momento…

Gershom Scholem. Conhecedor profundo da língua e cultura francesas, traduziu para o alemão importantes obras como Quadros Parisienses de Charles Baudelaire e Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust. O seu trabalho, combinando ideias aparentemente antagónicas do idealismo alemão, do materialismo dialético e do misticismo judaico, constitui um contributo original para a teoria estética. Entre as suas obras mais conhecidas, contam-se A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica…

absolutamente necessária ao homem* Senancour A Boêmia A boêmia surge em Marx num contexto revelador. Ele aí inclui os conspiradores profissionais, de que se ocupa na deta lhada resenha das Memórias do Agente Policial de la Hodde, publicadas em 1850 na Nova Gazeta Renana. Rememorar a fi- siognomonia de Baudelaire significa falar da semelhança que ele exibe com esse tipo político. Marx assim o delineia: “Com o desenvolvimento das conspirações proletárias surgiu a necessidade…

acuidade subversiva de seu olhar. II – Benjamin foi, nesse grupo de pensadores, o primeiro a questionar a ideologia do progresso, filosofia “incoerente, imprecisa, sem rigor”, que só percebe no processo histórico “o ritmo mais ou menos rápido com que homens e épocas avançam no caminho do progresso” (“A vida dos estudantes”, 1915). Ele também foi mais longe do que os outros na tentativa de livrar o marxismo de uma vez por todas da influência das doutrinas burguesas “progressistas”;…