O Arco e o Cesto

O texto “O arco e o cesto” faz uma análise da cultura Guaiaqui dando ênfase na dimensão simbólica que atua na vida social da tribo. Os Guaiaquis são nômades, sua economia apóia-se exclusivamente na exploração dos recursos naturais que a floresta oferece. A vida social da tribo é bem dividida, como as possibilidades econômicas dos Guaiaqui estão culturalmente reduzidas pela ausência da agricultura e naturalmente reduzidas pela relativa raridade dos alimentos vegetais, a tarefa de procurar alimentação para o grupo incumbe essencialmente aos homens. E as esposas dos caçadores fabricam cestos, potes, cordas para os arcos, cozinham, cuidam das crianças. Ou seja, o homem cuida da derrubada da mata e da caça e a mulher se encarrega de plantar e cuidar da família. O arco e o cesto é símbolo de masculinidade e feminilidade. Desde pequenos os índios recebem de seus pais, se forem meninos o arco e se forem meninas o cesto, e ainda que esses símbolos são sagrados, o homem não pode tocar no cesto da mulher e nem a mulher tocar no arco do homem. Caso a mulher toque no arco, o homem fica amaldiçoado, tem azar na caça. Da mesma forma a menina de nove ou dez anos, recebe de sua mãe uma miniatura de um cesto, cuja confecção ela acompanha atentamente. A sociedade dos Guaiaquis funciona por meio de um sistema de proibições recíprocas: Uma proíbe as mulheres de tocarem no arco dos caçadores; e outra impede os homens de manipularem o cesto. Esse tabu sobre o contato físico com esses

O Arco e o Cesto CLASTRES, em o Arco e o Cesto, relata como é a cultura da tribo Guayaki. Existe uma forte divisão de trabalho na tribo entre homens e mulheres. De modo que o trabalho, que pela tribo é considerado pesado, por exigir um forte esforço físico fica a cargo dos homens. Estes são os produtores, e por isso tem a função de caçar e coletar. São responsáveis por colher o alimento na selva. Já as mulheres, por não poderem exercer trabalho braçal ficam responsáveis pelo…

Independência e exogamia CAPÍTULO 4 95 Elementos de demografia ameríndia Revisão MARIA B A C E L L A R CAPÍTULO 5 117 Catalogação na Fonte do Departamento Nacional do Livro [Fundação Nacional do Livro] recherches d'anthropologie contre 1'Etat O arco e o cesto CAPÍTULO 6 145 De que riem os índios? Clastres, Pierre [1934-1977] Pierre Clastres: A sociedade contra o Estado pesquisas de antropologia política Titulo original: La Société CAPÍTULO 7…

Havia entre os guaiaqui dois tipos de homens que carregavam cestos: Um denominado Chachubutawachugi era panema –não possuía arco e a única caça que podia exercer de vez em quando era a captura de tatus e quatis com as mãos. Esse tipo de caça para os guaiaqui está bem longe de apresentar a seus olhos a mesma dignidade que a caça com o arco.Chachubutawachugi era viúvo e nenhuma mulher queria saber dele. Sem esposa, sem arco. Perdia sua qualidade de homem e se achava assim, rejeitado no…

"O Arco e o Cesto" 5º Cap. do Livro A Sociedade contra o Estado. CLASTRES, Pierre. CLASTRES, Pierre. A Sociedade contra o Estado. In Rio de Janeiro, 1978. O Arco e o Cesto. Por Luz Sylva* O texto O Arco e o Cesto, extraído do quinto capitulo do livro A Sociedade contra o Estado de Pierre Clastres, faz uma análise da cultura Guaiaqui dando ênfase na dimensão simbólica que atua na vida social da tribo. Clastres inicia o texto falando que a Tribo dos Guaiaqui são nômades e que a vida…

CLASTRES, Pierre. “O Arco e o Cesto”. In A Sociedade contra o Estado. Pesquisas de Antropologia Política. Tradução de Theo Santiago. - Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. Págs. 71-89. V. O arco e o cesto Quase sem transição, a noite conquistou a floresta, e a massa das grandes árvores parece estar mais próxima. Com a escuridão instala-se também o silêncio; pássaros e macacos calaram-se e só se escutam as seis notas desesperadas do urutau. E, como por acordo tácito com o recolhimento…

Analise Estruturalista em: O arco e o cesto Ao se fazer uma leitura detalhada do texto em questão é possível notar claramente a presença de pressupostos estruturalistas na construção do texto. O primeiro destes pressupostos é a dos pares de oposição, segundo Clastres: “Uma oposição muito clara organiza e domina a vida quotidiana dos Guaiaqui: aquela dos homens e das mulheres cujas atividades respectivas, marcadas fortemente pela divisão sexual das tarefas, constituem dois campos…

exploração de recursos naturais que a floresta oferece. Alem de plantar, cultivar as terras as mulheres dos quaiaqui fabricam cestos, potes, cordas para o arco, alem de ser dona de casa. “ por causa do tipo de economia em que esta apoiada a existência da tribo, os verdadeiros senhores da floresta são os caçadores”. Conhecendo bem a floresta , pois são obrigados a explora lá todos os seus recursos utilizados, sendo o arco a única arma para os caçadores caçar seus alimentos, e o cesto…

(01) O relato elaborado em “O Arco e o Cesto” pelo antropólogo Pierre Clastres, relata que narra assuntos, fatos e regras sobre o modo de vida dos índios Guaiaquis é um exemplo típico de um estudo da Antropologia Legal. Tarefa: explique por que tal relato é um exemplo claro de estudo da Antropologia legal. R: A Antropologia Legal estuda a ordem social, as regras e as sanções em sociedades simples, Os Guaiaquis são das mais, senão a maior, sociedade simples e usa o Direito Consuetudinário…

HOMEM E A SOCIEDADE 01- Para a cultura dos quaiaquis o significado do arco e do cesto ia muito além do simples objeto físico, mas sim uma figuração de diversos significados neles presentes. O arco simboliza o poder do homem diante de sua aldeia, sua coragem e perspicácia na caça para assim levar o alimento para a sua mulher que o aguardava. Aquele que não se adaptasse a tal filosofia, ou então não tivesse consigo a habilidade para tal feito era fardado ao cesto, objeto…