HOMEM E A SOCIEDADE
01- Para a cultura dos quaiaquis o significado do arco e do cesto ia muito além do simples objeto físico, mas sim uma figuração de diversos significados neles presentes.
O arco simboliza o poder do homem diante de sua aldeia, sua coragem e perspicácia na caça para assim levar o alimento para a sua mulher que o aguardava. Aquele que não se adaptasse a tal filosofia, ou então não tivesse consigo a habilidade para tal feito era fardado ao cesto, objeto que no caso significa a submissão da mulher diante do homem, ou então mesmo a incapacidade de realizar tarefas mais árduas e pesadas do dia à dia quaiqui.
Ambos os objetos eram o símbolo daquele homem ou mulher em vida, tanto que com o falecimento o objeto era queimado, pois eles não poderiam sobreviver sem o seu “dono”.
02 – A situação de Chachubuta-wachugi era incomoda devido o fato de não aceitar o cesto, embora tenha sido este o seu fardo, ele não aceitava as imposições e não se adapta as práticas que era de submissão do cesto, já Krembegi aceitou a postura e pode-se dizer que cumpriu com todas as tarefas que lhe eram cabíveis, inclusive o papel de “mulher” na relação com outros homens.
03- O tabu alimentar era que o caçador não poderia comer a própria caça e sim a caça de outro, para não correr o risco de ser um “pane” o que significa ser um azarado na caça e não ser merecedor do arco, com isso no plano sócio cultural tornava-se uma prática onde um tinha certa dependência do outro, fazendo o circulo social de trocas, que passavam pela troca de alimentos até mesmo na troca de irmã, mães, etc. com intuito de tentar manter certa exclusividade com sua mulher.
04 – O quaiaqui quando nasce se homem, logo o menino ganha um arco de seu pai, para caçar pássaros e leva-los para sua mãe, quando chega em determinada idade ele mesmo faz o seu arco e demonstra o seu poder de caça, sendo assim merecedor do arco e de uma mulher, já a menina acompanha a mãe nos afazeres da aldeia,