Mito Sebastianista

de 1935, a Adolfo Casais Monteiro, sobre a génese dos heterónimos, escreve: «Concordo absolutamente consigo em que não foi feliz a estreia, que de mim mesmo fiz, com um livro da natureza da Mensagem. Sou, de facto, um nacionalista místico, um sebastianista racional. Mas sou; à parte isso, e até em contradição com isso, muitas outras coisas. E essas coisas, pela mesma natureza do livro, a Mensagem não as inclui.» Mais à frente, Pessoa diz que concorda com os factos (a publicação),…

Ficha de Apoio – 12º Ano A comparação entre "Os Lusíadas" e a "Mensagem" impõe-se pelo próprio facto de esta ser, a alguns séculos de distância e num tempo de decadência – o novo mito de pátria portuguesa. Os Lusíadas  Homens reais com dimensões heróicas mas verosímeis;  Heróis de carne e osso, bravos mas nunca infalíveis;  Heróis Mensagem mitificados, desincarnados, carregando dimensões simbólicas  Brasão Pereira  Mar Português  Mar  Infante D. Henrique  O encoberto  Ar  D.

constitui a esfera operacional que liga o mundo em crise ao plano da salvação. Os protagonistas dos movimentos tornam-se assim sujeitos de uma história que deve ser reescrita com a mesma linguagem com que foi escrita: a linguagem sagrada. A relação entre mito e história se inverte, pois é o tempo presente que pode fundar o tempo futuro, o único vivível. Para isso, o presente deve assumir as conotações do tempo mítico, de modo que o tempo de espera das novas eras deve ser um tempo…

flores; - Contadores (armários com gavetinhas). Conclusão O 1º ato decorre num espaço amplo, luminoso, ornamentado, constata-se a presença das flores, trata-se de um ambiente agradável, acolhedor e de luxo, também traduz bom gosto e cultura. Mito do Sebastianismo Supondo-se morto D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir (1578) e tendo sido Portugal anexado pela Espanha (1580), o país estava perante o período mais negro da sua história: perdera toda a opulência (riqueza) e grandiosidade

coloquial, mediante o recurso às exclamações, elipses, repetições, retratando os movimentos afectivos das personagens. Estamos na presença de características tipicamente românticas. Podemos enumerá-las da seguinte maneira: 1. O Sebastianismo O mito do Sebastianismo, marcado pela fé de que o rei (o "Encoberto"), ao voltar , conduzirá a uma época de brilho para Portugal, está espalhado por toda a obra. Logo no início (1,2), Madalena afirma a Telmo: "...mas as tuas palavras…

morte ou fim das energias latentes Sente-se a decadência e a morte da nação, outrora esplendorosa. Mas antevê-se uma ressurreição na criação de um novo império nas palavras próprias do poeta. Possibilidade de uma nova glória, orientada pelo mito sebastianista- Quinto Império- império espiritual. Valorização do Homem e da sua capacidade de sonhar Possibilidade da regeneração do país depois da terra, mar e céu- espiritualidade. D’Os Lusíadas de Camões à Mensagem de Pessoa…

publicação, em 1934, da sua obra “Mensagem”. Aí temos, partindo da epopéia da diáspora de Portugal que deverá ser retomada e concluída, presentes a vontade de regeneração de um país estagnado, a referência a mitologias diversas, e o cruzamento do mito Sebastianista com as lendas arturianas; também aí se revela a espiritualidade do poeta e a sua busca incansável de Deus, ou do Graal, ou de uma qualquer verdade a juntar à sua identidade dispersa e complexa. MENSAGEM INTRODUÇÃO DA OBRA…

tal situação permaneceria até 1640, quando ocorre a Restauração (Portugal recupera sua autonomia). A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito do Sebastianismo (crença segundo a qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira, que aproveitou a crença surgida nas "trovas" de um sapateiro chamado Gonçalo Anes Bandarra. A unificação da Península veio favorecer…

parte para a Batalha de Alcacer Quibir, da qual nunca regressa. Como não tinha descendentes, os espanhóis ocupam o trono de Portugal, mergulhando o país num período negro da sua história. Em esperança de um dia voltar o velho Portugal, nasce o mito Sebastianista: D. Sebastiao iria chegar para acabar com todos males. D. Sebastião é várias vezes referido na peça. A possibilidade do regresso de D. Sebastião está simbolicamente representada pelo romeiro e as personagens que melhor…

sujeito poético lança um repto aos destinatários, fazendo um apelo à loucura e à valorização do sonho. Deve portanto dar-se asas à loucura como força motora da acção. Este mesmo elogio será repetido várias vezes ao longo da obra. É a referência ao mito sebastianista, força criadora, capaz de impelir a nação para a sua última fase que está aqui em questão. O repto permite aos destinatários considerarem a grandeza do rei suficiente para Agrupamento de Escolas Alves Redol Escola…