O mito de gilgamesh: a história do homem que não queria morrer

agarra na concepção de uma vida alheia à morte, chafurdando alienado na existência de sua vida. Estudos científicos vêm demonstrando tal execração da morte quando declaram que, através da tecnologia do futuro, a morte será um problema a ser superado; transformando-nos assim em seres imortais através da ciência. Essa pesquisa pretende refletir não somente à questão da finitude para o homem, mas sim, como nós, seres humanos, lidamos com a questão de tempo e com a efemeridade da vida nos tempos de hoje. Como dito, essa pesquisa alia-se a idéia da morte mítica. Através do mito do herói conduziu-se uma jornada pelos vales da historiografia da morte. Para isso, requereu-se o primeiro mito da humanidade: A Epopeia de Gilgamesh, datada de 2750 A.C, de autor anônimo. Essa pesquisa serviu-se da Epopeia como material de apoio, para refletir a passagem do homem sobre a Terra, e como ele vem lidando com suas angustias. Algumas perguntas foram lançadas para o inicio da construção dessa pesquisa: De que forma o mito pode me ajudar a compreender a minha vida, e de que forma eu posso readaptar um mito ancestral para a realidade de hoje? Essas perguntas não poderiam ser precedidas de outra pergunta: Qual a função do mito? Para dialogar com a temática da morte, da passagem vida para a morte, é que se criou a justaposição entre o mito mesopotâmico de Gilgamesh e a morte para o homem contemporâneo. O mito de Gilgamesh conduziu a pesquisa como se o mito precisasse de respostas, como a…