Figuras do movimento modernista

Maravilhosa". P hilippe— v erdadeiro porta-voz do autor — diz lá que a revolução é n ecessária " como disciplina moral" E accrescenta: "Ou a revolução p ermanente, ou a estagnação na podridão" O l ivro parece de um r evoltoso i mpenitente. Mas com o geral dos brasileiros não acontece outro tanto. Depois que veiu a Republica, desapparecendo a gangorra que representavam os dous partidos com se revesarem no poder, em cada habitante das cidades, pelo menos, ha, de regra, um revoltoso em perspectiva. A questão é estar de cima ou de baixo. Quem está de baixo vive desejando que ponham a p rocissão na rua. Quando rebenta uma mashorca, ficam todos pensando que possa ter chegado a hora da libertação: q uer dizer, de alcançarem elles bom emprego . P assada a crise, foi mais um accidente político que ficou para trás. Querer a proveital-o e m romance é um erro e sthetico. Os revoltosos de Graça Aranha em "A Viagem Maravilhosa" resultam insignificantes. O p róprio P hilippe, e talvez elle mais do que todos os o utros, * p orque deixa o barulho por uma questão de mulher, não é figura que I nspire m uita sympathia. E OS DE HOJE 31 4 o modo por que tudo acaba, antes é mais uma lição de prudência p ara a mocidade do que um incitamento perigoso. Afinal é a obra que se amesquinha com isso, é ao romance que essa complicação de amor com política prejudica. O p róprio autor, que em "Chanaan" e nos seus ensaios se pintara R si mesmo como um theorista fumegante, mas com os olhos lá muito…

Lombroso. E m 1 8 7 5 , escreve seu livro L 'uomo delinquen te, que bastante repercussão tem, granj eando adeptos e provocando opositores. Ao invés de con siderar o crime como fruto do livre arbítrio e entidade j u rídi ca, tem-no qual manifestação da personalidade h u m an a e produto de várias causas. A pena não possui fim exclusivamente retributivo, mas, sobretudo, de defesa s ocial e recuperação do criminoso, necessitando, então, ser individualizada, o que evidentemente supõe o…