Auto Da Barca Do Inferno

Auto da barca do Inferno Personagens alegóricas - Bem, Mal Movimentação cénica – Cais, barca do diabo e barca do anjo Análise do Auto da barca do Inferno Cena do Fidalgo Percurso cénico – Caís – Barca do Inferno – Barca da Glória – Barca do Inferno (entra) Personagens – Fidalgo, Diabo, Anjo (principais) e o pajem (figurante) Caracterização do Fidalgo – confiante e autoritário no inicio (convencido do poder da sua posição social), vai-se…

Auto da Barca do Inferno Cena do Corregedor e Procurador Personagens  Corregedor  Procurador Símbolos cénicos  Corregedor Vara Feitos (processos)  Procurador Ambos os símbolos simbolizam a atividade exercida Livros da lei por estas personagens, ou seja, a magistratura. Acusações Diabo Corregedor: O Diabo acusa-o de ser corrupto, uma vez que aceita perdizes em troca de favores. (v.625) Ele acusa-o ainda de não ser justo na aplicação da justiça. (vv.672 e 673) Procurador:…

aqui porquê Anjo. Barca que não aceita tirania Não deve de ir cheia mas sim vazia Joa. Se não deve ir vazia num vai ninguém Anjo. Neste mundo de pecadores poucos vão para o paraíso e por isso queremos apenas aqueles verdadeiramente dignos de conhecer o paraíso. Joa. Não sou convencido disso. Acho que mereço ir na barca Infernal. Anjo. Como queiras. (Indo ter com o Diabo) Joa. Hou! Hou da barca! Diabo. Quem é? Tu? Outra vez? Vens me dizer que o Anjo não te quis na barca dele?…

(todos estes símbolos representavam a sua atividade de alcoviteira ligada à prostituição) Tipo: ­ alcoviteira Quando o Diabo sabe que é Brízida Vaz que está no cais ele fica: ­ contente: sabe que ela tem muitos pecados e por isso é mais passageira para a sua barca ­ surpreso / admirado : não esperava por ela tão cedo ­ surpreendido Com o campo semântico da mentira ela revela que: ­ é hipócrita ­ tenta fazer­se de vítima perante o Diabo para convencê­lo do q lhe…

que é um vício mas não faço caso disso. Mesmo que o medo tenha o peso de um elefante e a dor seja gigante, eu nunca fui a barca, serei sempre o comandante. Houve o medo de ter medo, houve o desespero que a perda trouxe. Houve a sede de ter emenda, a fenda foi a força e o medo foi-se. Houve a apatia, houve ansiedade, a mudança deu-se, houve serenidade. Houve posse, ciúme, auto-piedade, houve claridade. Mas por vezes, queria uns meses sem pôr os pés no meu mundo. Caio na real, sou…

ajuste. ajuste Azará — Saraivada, trovoada. Badana — Extremidade da pele ou da carne que é muito fraca e de pouca utilidade (do árabe badane). Baixa — Antiga dança. Baraço — Laço de corda para enforcamento (do árabe maras). Barcagem — Transporte na barca. barca Beleguim — Antigo oficial inferior de justiça, que citava, prendia, pren etc. Berzebu — Belzebu, que, segundo o Novo Testamento, é o príncipe prín dos demônios. demônios A palavra também aparece com as formas populares Berzabu e…

sede patrão Fidalgo- um pouco para onde vai esta barca Diabo-para ilha escura e perdida , tome esse vinho e esse pão para matar a cede e a fome Fidalgo-muito obrigado Diabo-espere um pouco me de aqui o pão primeiro agente joga no chão e pisa em cima e pronto relaxa que é procedimento padrão Fidalgo- ok tudo bem Diabo- agora você pode dizer q comeu o pão que o diabo amassou hahahahahahahaha Fidalgo- es o diabo eu não posso ir para o inferno levei uma vida direita na terra e ate…

aqui na minha barca, está bem quentinha! Cantora – Tens arcondicionado? Que luxo, assim já quero ir! Diabo – Não é por nada minha querida, mas refiro-me ao inferno. Cantora – Sendo assim vai ela, é uma incompetente faz tudo mal para aquilo que lhe pago. Manager – Tu pagas-me uma miséria para aquilo que eu faço. Diabo – Pobre cantora, até a tua própria maneger te condena ihihih. Cantora – Já vi que esta barca não é para mim, vou à outra barca que tem mais glamur. Vai para a barca…

«O Auto da Barca do Inferno» é um exemplo perfeito da sátira social de Gil Vicente aos costumes da sociedade portuguesa do século XVI, fazendo jus à fórmula latina . A sua crítica tem, pois, uma função moralizadora que, nesta peça, é facilmente detectada pelas réplicas contundentes do Anjo. Gil Vicente fará alvos da sua crítica os poderosos, os materialistas e os corruptos. No entanto, em Gil Vicente não há só perversos. Nele encontramos também aqueles que não usam de malícia nos seus…

Texto principal: diálogo ou monólogo Auto da Barca do Inferno-texto dramático Texto secundário: didascálias ou indicações cénicas Enquadramento da obra: Gil Vicente- fundador do teatro literário português Auto da moralidade: Gil Vicente inspirou-se no quotidiano que o rodeava. Utilizava personagens-tipo (Alcoviteira