Resumo detalhado Auto da Barca do Inferno
Auto da Barca do Inferno-texto dramático Texto secundário: didascálias ou indicações cénicas
Enquadramento da obra:
Gil Vicente- fundador do teatro literário português
Auto da moralidade:
Gil Vicente inspirou-se no quotidiano que o rodeava.
Utilizava personagens-tipo (Alcoviteira, o Frade folião, o Escudeiro ou o Velho Namorado).
Gil Vicente pretende denunciar os defeitos da sociedade do seu tempo (ridendo castigat mores- a rir castigam-se os costumes). Para isso utilizou 3 cómicos:
-cómico de linguagem: Joane era desconexa e licenciosa; Judeu por insultar; Alcoviteira falava com palavras meigas para o Anjo para o convencer; o Diabo utiliza a ironia e o sarcasmo.
-cómico de situação: Fidalgo depois de morto pede para ver a mulher; o Frade aparece com uma moça que diz ser sua quando tal é proibido.
-cómico de carácter: os argumentos que usam para tentar enganar o Arrais.
A extrutura externa as unidades dramáticas não são marcadas explicitamente. Os quadros sucedem-se sem ordem arbitrária.
Texto é escrito em verso, em oitavas, e o esquema rimático é a b b a a c c a.
A rima a é interpolada e emparelhada e as rimas b e c são emparelhadas. Têm sete sílabas métricas.
São onze personagens, no cais, dando origem a 11 cenas ou quadros. Não há um conflito porque não há confronto de personagens (cada cena é isolada), não encadeamento das sequências da acção.
Os elementos sempre presentes:
-O Diabo (e o companheiro) e o Anjo permanecem sempre em cena.
-O espaço e o cenário são permanentes
- Muitas personagens fazem a mesma movimentação em cena:
Chegam Barca do Diabo rejeitam a entrada nessa barca procuram entrar na Barca do Anjo são rejeitadas e acabam por aceitar a condenação ao Inferno
A linguagem