“Alegrar-se na Cidade.” As características do espaço público enquanto arte na busca da revitalização das cidades: caso Jardim Redentor.
Analise do Espaço Público: evolução arquiteto-histórica das características do espaço público nas cidades.
Resumo
A presente pesquisa pretende expor alguns fatores que considera ser a causa da morte dos espaços públicos na contemporaneidade.
No entanto esse olhar sobre o urbanismo começará através da identificação da ruptura na evolução das características do espaço público nas cidades. Ruptura essa marcada no final do século XIX, tema do livro do Arquiteto Austríaco Camillo Sitte. Entretanto a abordagem desse arquiteto junto a outros autores mais recentes que abordam o mesmo tema, mas com uma nova roupagem (principalmente Jane Jacobs e Kevin Lynch) pretende mostrar que a morte do público deve-se a falta de identidade dos cidadãos para com a cidade; e as característica que cada autor apresenta, somadas, poderiam iluminar a discussão sobre a morte do espaço público.
Epigrafe
“Demorar-se! Caso pudéssemos fazê-lo mais amiúde nesta ou naquela praça, cuja beleza não nos cansamos de admirar, decerto suportaríamos com o coração mais leve os momentos difíceis, e seguiríamos fortalecidos na eterna peleja da vida.”
Camillo Sitte
Introdução
Para melhor entender o processo de morte do espaço público, este trabalho pretende (re)construir a trajetória do espaço público. Entretanto não será necessário regredirmos até a ágora grega, basta nos situarmos no período de transição das cidades do meio do século XIX com o inicio do século XX, dos resquícios do Barroco para o advento da modernidade. É nesse momento que ocorre dois processos interessantes, um com a cidade e o outro com o individuo. Nesse espaço de tempo a cidade sofre mudanças segundo os novos padrões modernos de arquitetura: ruas largas, a malha urbana, loteamentos em quadricula, o inicio da segunda fase da revolução industrial, ou seja, a vida nos grandes centros começando a girar mais rápido. Já o individuo sofre com o processo da “agora fobia”, ou seja, o medo das pessoas de se