É possível sair das redes sociais
Dependência ou não, é cada vez mais difícil se desconectar
6 de janeiro de 2013, 19h31
Por Redação Link.Tradução de Terezinha Martino
Katherine Boyle
Washington Post
A cantora Nicki Minaj fez uma vez. O ator Alec Baldwin tenta muitas vezes, sem muito sucesso. E provavelmente, depois de dias penosos em que só vê fotos inúteis, você também já deve ter pensado na mesma coisa: sair das redes sociais.
Deletar-se – ou o que os mais mórbidos chamam de “suicídio digital” – é a tentativa de sair da rede, assumir o controle do seu perfil, do seu tempo ou sua sanidade mental. A saída com frequência é anunciada com ares dramáticos, confiantes. Mas, segundo especialistas, o que ocorre mais frequentemente é o retorno dos desertores às atualizações da linha do tempo, provando que não, nunca conseguiremos deixar o Facebook ou o Twitter.
“A ansiedade tem levado as pessoas a quererem se libertar, mas elas não conseguem”, diz Larry Rosen, autor de iDisorder (sem edição brasileira) e professor de psicologia na Universidade Estadual da
Califórnia. “Alguns sabem que estão totalmente envolvidos, mas se abandonarem, mesmo que seja por uma hora, temem perder alguma coisa.”
Alguns usuários fazem tentativas honestas de deixar a mídia social, especialmente como uma promessa de fim de ano. Enviam um post ou um tweet anunciando que “estou desativando a minha conta”. Mas são ameaças vazias. Rosen diz que muitos que deixam a mídia social retornam em até 24 horas. A ansiedade é muito grande. O uso da mídia social é cada vez mais classificado como dependência – pesquisadores na Noruega criaram a Escala de Vício no Facebook de Bergen, uma medida para decifrar até onde uma pessoa viciada nos sites sociais pode chegar.
Rosen discorda. “Não é um vício, é uma obsessão”, afirma ele. “Vício é quando você faz alguma coisa para ter prazer, como fumar um cigarro ou jogar um jogo. Não estamos no Facebook por prazer.
Estamos ali para reduzir nossa