Óxido Nitroso na odontologia uma revisão de literatura
4.1 Histórico do N2O
Segundo Amarante et al (2004) foi descoberto no sé¬culo XVIII, em 1772, por Joseph Priestley, o gás de N2O (óxido nitroso). O N2O nesta época era aplicado aos doentes para males que variavam desde a tuberculose até doenças gástricas.
Em 1800 Humphrey Davy, que era químico e físico, publicou um compêndio, Researches, Chemical and Philosophical; Chiefly concerning Nitrous Oxide, após uma diminuição significativa no sintoma doloroso de uma pericoronarite pela inalação de N2O. Desta forma ela documentou sua profética constatação: “considerando que o N2O, dentre seus vários efeitos, parece ser capaz de aplacar a dor física, ele pode provavelmente ser utilizado com vantagens em atos cirúrgicos onde não ocorra grande perda de volume sangüíneo”.
Em 1844 o cirurgião dentista Horace Wells percebeu, durante uma apresentação recreativa, as propriedades sedativas do N2O. Ele decidiu submeter-se à extração de um molar após inalação de uma grande quantidade do gás de N2O, após a cirurgia ele proferiu a famosa frase: “... não senti mais que a espetada de um alfinete. Inicia-se uma nova era na extração dentária!”, Amarante et al (2004).
Em 1862 Joseph T. Clover introduziu O2 (oxigênio) ao N2O numa proporção de 80% de N2O para 20% de O2, assim ele criou uma mistura com a finalidade de tornar a analgesia por N2O mais segura e agradável, Arnez et al (2011).
Guerreira e Carvalho (2003) relatam que há cerca de 20 anos, o N2O era considerado como um gás extremamente nocivo, tóxico e altamente reativo com O2 e água.
O N2O possui propriedades analgésicas, amnésicas e hilariantes não sendo considerado um anestésico completo e não é hipnótico, Costa e Saraiva (2002).
O Brasil começou a empregar o uso da sedação consciente ou analgesia inalatória pelo N2O em 1937. Entretanto, esta técnica de analgesia expandiu-se somente a partir da década de 1990 quando alguns profissionais brasileiros começaram a buscar mais conhecimento no