Ética
Violência S/A
Aluna: Alessandra Miranda Alves
Matricula: 11202113-2
Sala: 6ª
Professor: Ledilson Lopes Santos Junior
Resumo
No contexto de uma sociedade marcada pelas desigualdades sociais e pelos conflitos oriundos da violência, percebe-se uma nova configuração dos espaços urbanos nas metrópoles contemporâneas. Tendo em vista o papel das narrativas midiáticas na formação das subjetividades e um crescimento na produção de documentários na cinematografia nacional, pretende-se observar de que forma a cidade do Rio de Janeiro é representada nessas produções, analisando o quadro de segregação espacial e social decorrentes desses conflitos.
Em meio às conseqüências do processo de globalização nas sociedades contemporâneas destaca-se, em especial, a nova configuração das metrópoles e o remodelamento do espaço público como lugar de interação social. A crise nas instituições públicas e a desigualdade social, aliadas ao crescimento da violência urbana, ocasionam uma segregação do espaço público que pode ser entrevista no cotidiano das grandes cidades. Em uma análise do que chamam de “centros regionais emergentes”, cidades como São Paulo e México, observa-se este processo de decomposição do espaço urbano, onde a elite social se afasta do convívio com outros grupos, seu peculiar modo de exercer a cidadania consiste em isolar-se da conflituosidade urbana mediante a privatização de espaços super vigiados. Nessas metrópoles, a origem do crime está freqüentemente associada às periferias e os criminosos são vistos como pessoas que vêm desses espaços marginais, que supostamente lhe dão origem. A configuração espacial que localiza as periferias às margens dos centros urbanos é comum à maioria das cidades contemporâneas, entretanto o Rio de Janeiro apresenta uma situação singular. Sua periferia não se encontra nas margens dos aglomerados urbanos, mas inserida nesses, através da formação das favelas nos diversos morros