Ética

Ética da vida senciente

O princípio mural da ética da vida senciente diz-nos, que todos os animais, racionais ou irracionais, têm valor intrínseco, ou seja, tem valor em si mesmos. Assim, as políticas ambientais têm que ter em consideração não apenas os interessentes dos humanos, mas sim de todos os seres sencientes, isto é, todos os seres que sentem dor.
Esta ética apoia sobretudo uma política ambientalista, imaginemos que teríamos que escolher entre construir ou não uma fábrica numa floresta, para isso teríamos que avaliar todos os aspetos que afetariam os seres humanos mas também o que poderia causar aos animais que dependessem da floresta. Apesar de para esta ética todos os seres sencientes serem dignos de ponderação mural nem todos têm o mesmo estatuto, ou seja, nem todos são avaliamos com a mesma importância.
Como é de prever, um ser senciente racional tem mais importância que um ser meramente senciente, logo deverá ser levado em maior consideração.
Para adotarmos uma ética de vida senciente somos obrigados a ter em consideração os diferentes tipos de valor mural de cada animal, ou seja, não podemos dar o mesmo valor a todos esses seres, visto que, como Peter Singer afirmou (passo a citar):
“Podemos, sem incorrer numa discriminação arbitrária com base na espécie, encarar a morte de um animal não humano que não seja uma pessoa, como menos significativa que a morte de uma pessoa, dado que os seres humanos são capazes de prever e planear o futuro de uma forma que não está ao alcance dos animais não humanos.”
Por muito que, tanto os seres irracionais como os racionais possam sentir, segundo o principio mural da vida senciente mesmo que tenhamos em consideração ambos os seres devemos privilegiar os racionais, como os humanos pois é nestes em que se concentra o futuro do mundo, é em nós que está a possibilidade do futuro, deixando-nos em vantagem para com os seres irracionais.