Ética
Filosofia – Manhã
Ética I
Filosofia e cuidado de si
Curitiba
Outubro de 2014
O pensamento estoico como auto ajuda entra na historia em uma época de crise de questões éticas como felicidade, amor e morte. Apesar dessas questões serem questões do nosso dia a dia, que deveriam ser estudadas tanto, ou mesmo mais que questões da física ou da matemática, elas nunca entraram na categoria de estudo filosófico principal do povo, na cultura, ou nas escolas. Michel Foucault, autor do livro Hermenêutica do Sujeito, evidencia a transformação pela qual o “cuidado de si” passou desde Alcebíades, de Platão, até o início dos séculos I e II de nossa era, a qual ele considera a principal época da historia do “cuidado de si”. Sua obra traz consigo as aulas ministradas pelo francês durante o período de janeiro a março do ano de 1982, cujos assuntos tratados abrangem principalmente ao que pode chamar de “cuidado de si” ou “praticas de si”.
Procurarei me ater à aula do dia 3 de fevereiro de 1982, tendo em vista que há termos que precisam ser clarificados e somente com a compreensão geral do texto para que se torne mais fácil, bem como a absorção de seu conteúdo. Na aula em questão, é apresentada a seguinte passagem:
“Um dos mais importantes fenômenos, provavelmente, na história da prática de si e, talvez, na história da cultura antiga, é perceber o eu – por conseguinte, as técnicas de si, como também toda prática de si que Platão designava como cuidado de si –, desprender-se pouco a pouco como um fim que se basta a si mesmo, sem que o cuidado dos outros constitua o fim último e indicador que per- mite a valorização do cuidado de si.” (Hermenêutica do Sujeito, aula de 3 de fevereiro de 1982; p. 159, edição da Martins Fontes)”.
Em seu texto, Foucault esclarece a noção da epimeléia heautôu a partir da historia do cuidado de si. Ele divide em três diferentes formas de ver. A primeira seria o certo modo de