Ética
Cursos: Direito, Filosofia e Psicologia
Obras:
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco – Livro I. Gama Kury, M (trad.). Nova Cultural, São Paulo, 1996. (Coleção Os Pensadores). DESCARTES, R. Meditação Metafísicas – Meditação Primeira e Meditação Segunda. Guinsburg, J. e Prado Jr., (trad.). Nova Cultural, São Paulo, 1988. (ColeçãoOs Pensadores). NIETZSCHE, F. “Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-moral”. In: NIETZSCHE. Obras Incompletas. Torres Filho, R. (Trad.). Nova Cultural, São Paulo, 1991. (Coleção Os Pensadores).
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Breves Comentários:
FELICIDADE, O BEM SUPREMO, NO LIVRO I DA OBRA ÉTICA A NICÔMACO, DE ARISTÓTELES
Jocemar Malinoski e Sinicley da Silva (Acadêmicos de Filosofia/FAPAS, Santa Maria-RS
No início do Livro I da Ética a Nicômacos, Aristóteles afirma que “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam” (Aristóteles, 1992, 1094 a, p. 17.). Esta passagem caracteriza a ética teleológica de Aristóteles. É natural, ou seja, faz parte da própria essência do homem direcionar todas as ações para uma finalidade, pois sempre que houver ação, necessariamente haverá uma intenção última. Qual seria esta intenção última para a qual se dirige a ação humana?
Na compreensão teleológica aristotélica do Livro I da Ética a Nicômacos, percebe-se nitidamente que um bem maior é a finalidade de bens ulteriores. Contudo, deve haver um término, ou seja, um fim último, um bem desejado por si, a saber:
"Se há, então, para as ações que praticamos alguma finalidade que desejamos por si mesmas, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens." (Aristóteles, 1992, 1094