Ética
Pensar a mídia - em todas as suas variações - é avaliar o seu conteúdo, com base no que vai posicionar na comunicação com a humanidade, tendo em vista que - com a globalização da internet - não se pode mais pensar localmente. Como o humano é um ser que se constitui - por sua praticidade - pelo aprendizado e, ao mesmo tempo, que constitui sua visão de mundo pelas bases dos sentidos, das crenças e do conhecimento científico, por isso, será necessário - e sempre - avaliar a "verdade" desse conteúdo midiático.
Uma vez que pode colocar em jogo e no limite, qualquer mensagem veiculada. É imprescindível tomar como princípio a dialética do indivíduo e do coletivo. O indivíduo isolado do coletivo não é nada. A humanidade é o universal a se perseguir. O que se pode dizer de Ética é a capacidade dos indivíduos em se posicionar de forma crítica - com base em valores universais -, tanto o conteúdo como a intencionalidade. Entretanto, muitos indivíduos vivem no senso primitivo da imaginação, porque pensam por imagem, não desenvolveram a sua capacidade de construir conceitos.
ÉTICA E O JORNALISMO
O jornalismo precisa cumprir, na sua plenitude, a vocação de oxigenar o tecido social com o relato do que acontece nos diversos segmentos. Deve fazer isso ancorado por uma diretriz de consistente seriedade. Deve ser uma trincheira da liberdade de expressão, exercitando-a através do acolhimento da pluralidade de opiniões. E deve também ter noção do seu papel de estimular a reflexão sobre temas-chave como inclusão, democratização do conhecimento, ética na política e nas outras esferas e, sobretudo,a busca do desejado equilíbrio social. O jornalismo deve, certamente – e recorrendo ao próprio jargão jornalístico – cuidar de sua diagramação ética; formatar uma linha editorial cidadã; acionar as rotativas e as telas para a oxigenação de ideias; deve consumir suas tintas e imagens com a veracidade dos fatos; e deve fazer de sua circulação e de sua audiência