Ética

A análise da ética no ambiente familiar, e especificamente, na relação entre pais, filhos e avós merece ser contextualizada para que seja possível se extrair as peculiaridades dessa matéria numa área tão complexa e sensível da formação do caráter humano.
A importância da família na questão ética está intrinsecamente ligada ao papel que esses desempenham na formação do indivíduo. De modo que é no ceio familiar que os valores básicos da construção moral de uma pessoa são transmitidos, dos pais, responsáveis por transferir os princípios éticos, aos filhos, que absorvem esses ensinamentos muitas vezes sem os pais perceberem.
Os regramentos impostos ou não pelos pais agem, sem dúvida, de maneira direta na concepção de certo e errado que uma criança irá desenvolver. Aliado às regras coercitivas levadas a cabo pelos pais, o comportamento dos mesmos é o principal fator de aprendizado ético. O “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” não funciona, principalmente em se tratando de educação. Os pais que desatentam para este fato pecam na formação do valor moral e ético de seus filhos.
Creio que nenhum pai gostaria de formar um filho com valores éticos deturpados. Deste modo, verifica-se que o principal erro dos pais para com seus filhos é, sem dúvida, o mau exemplo.
“Ao analisar os desenhos de crianças que frequentaram o seu consultório em 31 anos de experiência clínica, o psiquiatra Alfredo de Castro Neto constatou que 25% delas, perturbadas por situações de estresse familiar como separações, foram vítimas de pequenas corrupções, mentiras e chantagens dos pais. Ele cita o exemplo de uma mãe que levou para a consulta o filho que, segundo ela, mentia demais.

- Ao final da sessão, ela me pediu um atestado médico. Disse que faltou muitos dias ao trabalho por outros motivos e que precisava de uma boa justificativa para o chefe. Ficou clara a origem do comportamento da criança. Se a mãe é tão mentirosa, como a criança vai aprender a falar a verdade? – pergunta” Fonte: