Ética e Sociedade - Análise filme Ana e o Rei
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Observando o contexto em que se encontrava a personagem do filme, especialmente levando em consideração o conjunto de valores morais que a mesma carregava consigo em um momento de experimentação de profundas mudanças culturais, fica evidente que sua avalição ética sobre comportamentos típicos da cultura que estava conhecendo lhe fariam parar para avaliar o que seria ético ou não. Elementos da cultura do povo ao qual a personagem inseriu-se, como a poligamia, por exemplo, são exemplos do que para nós, de acordo com nosso código de ética, não seria algo aceitável socialmente, enquanto que observando os valores morais daquele povo, era algo completamente comum, sendo, pelo contrário disso algo “errado” se não fosse daquela forma. Enquanto estudante de Psicologia acredito que quando nos depararmos com novos valores culturais deveremos em primeiro lugar abrir mão de nossa própria moralidade em um momento de análise do contexto ético em que nossos pacientes estiverem inseridos, porque acredito que estarei inapto para avaliar alguém em um contexto amplo enquanto eu estiver preso no círculo de valores que cultivo. Para refletir sobre a importância disso pode-se mencionar um determinado momento do filme em que o rei daquele povo deixa uma de suas esposas ser executada, mesmo estando em suas mão a possibilidade de salvá-la. Tudo o que minha cultura enraizou em minha personalidade dita que aquilo é errado, grotesco, o mesmo dizia a cultura da personagem inglesa. Entretanto, como poderíamos nos sentir no direito de julgar tal fato, tal escolha de alguém como errada, se não estamos vivendo a vida que aquela pessoa vive, nem absorvendo os costumes morais que ela absorveu por uma vida toda?