Ética e Educação Ambiental: Uma Conexão Necessária: Capítulo “O Cartesianismo”
Livro: Ética e Educação Ambiental: Uma Conexão Necessária
Capítulo “O Cartesianismo” A Educação Ambiental não é algo assim tão novo. Ela efetivou-se como uma preocupação no âmbito da educação há mais ou menos duas décadas. A emergência da crise ambiental como uma preocupação específica da educação foi precedida de uma certa ecologização das sociedades. Essa ecologização começou no momento em que o meio ambiente deixou de ser um assunto exclusivo de amantes da natureza e se tornou um assunto da sociedade civil mais ampla. Donald Worster identifica como marco simbólico do início da ecologização das sociedades ocidentais o ano de 1945. Ano em que ironicamente, ocorreu a explosão da bomba atômica sobre o Japão, sendo então o marco de início para as primeiras sementes do ambientalismo contemporâneo. A partir disto, uma sucessão de fatos importantes começou a ocorrer ao longo dos anos, sendo que nos anos 60, o ambientalismo chegava questionando uma série de valores da sociedade capitalista. A proteção da natureza, o não-consumo, a autonomia, o pacifismo eram apenas algumas das muitas bandeiras empunhadas por aqueles que começavam a ser chamados de ecologistas. Já na década de 70, o número de participantes cresceu e começou a irritar tanto a direita quanto a esquerda, principalmente sendo em um período de intensa corrida em direção à energia nuclear. E nisto, anseios indefinidos e efêmeros começam a tomar a forma de um movimento social organizado – o movimento ecológico. E a partir disto vários movimentos sociais e conferencias foram realizadas, como a Primeira Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo em 1972, no mesmo ano a divulgação do Relatório Meadows encomendado pelo Clube de Roma. A Conferência The Belgrado Workshop on Environmental Education promovido pela UNESCO em 1975. A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental em 1977, realizado em Tibilisi na Geórgia. Já em 1983, ocorreu a