Ética e as cooperativas de trabalho
Este artigo irá abordar primeiramente a base e os princípios do cooperativismo, para então fazermos uma relação entre ética e responsabilidade social especificamente nas cooperativas de trabalho, que são organizações necessárias para o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas, quando bem estruturadas e conscientes de seu papel na sociedade. Infelizmente, nem sempre isso acontece, observamos uma grande quantidade de cooperativas de trabalho sendo criadas apenas para atender fins econômicos de algumas pessoas servindo apenas de fachada e enganando muitas pessoas. A primeira cooperativa do mundo surgiu em 1844 na Inglaterra, na chamada Sociedade dos Probos de Rochdale, onde foi implantado a conduta e os princípios que são utilizados ainda hoje como base do cooperativismo, já com o intuito de ser uma forma alternativa para driblar as dificuldades pós Revolução Industrial, como a falta de emprego e oportunidades. Os números da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, revelam a importância do setor cooperativista no Brasil na atualidade, que no ano passado respondeu por 6% do PIB Brasileiro. O cooperativismo continua a crescer no Brasil, é um ramo promissor, apesar de ainda ser muito pequeno em relação ao resto do mundo. Partindo do princípio de que as cooperativas de um modo geral são criadas como “uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido”. Ou seja, um modelo de sociedade baseado na auto-gestão, que possibilita que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos específicos, através de um acordo voluntário de cooperação recíproca, de ajuda mútua. As cooperativas estão baseadas em valores de ajuda e responsabilidade próprias, tais como: a ajuda mútua e a responsabilidade, a democracia, a