Ética para um jovem
A ética ocupa-se da questão da liberdade. Liberdade é decidir e saber o que estamos a decidir.
Somos livres de cumprir ou não cumprir certas ordens, independentemente das consequências, somos livres de o fazer, assim como um costume, só por ser costume, não significa que não possa ser alterado. Podemos sempre criar novos costumes se acharmos que os actuais não são os mais convenientes.
Com os caprichos a situação é semelhante. Por vezes é-nos mais conveniente ignorá-los. Quando coisas de maior importância estão e jogo, deixarmo-nos levar pelos caprichos sem sequer pararmos para pensar se são convenientes ou não, é muito pouco aconselhável. “Em resumo: podem existir ordens, costumes e caprichos que são motivos adequados para agir, mas nem sempre é esse o caso”.
A única maneira de saber se algo realmente nos convém, é raciocinando pela nossa própria cabeça. É claro que não podemos fazer tudo o que nos apetece, porque vivemos em sociedade, mas dentro do que é possível podemos escolher por nós próprios.
“O primeiro aspecto que devemos deixar claro é que a ética de um homem livre nada tem a ver com os castigos ou os prémios distribuídos por qualquer autoridade que seja – autoridade humana ou divina para o caso tanto faz”.
Quando as palavras “bom” e “mau” se podem referir a tantas coisas não é fácil definir o “homem bom”, até porque esta definição depende muito dos pontos de vista, das culturas, etc. “Pode ser-se bom (e boa, claro) de muitas maneiras, e as opiniões que julgam os comportamentos costumam variar segundo as