Ética no mundo corporativo vista em ´´o diabo veste prada´´
Andréa, a mais nova assistente de Miranda, que a princípio aceita o emprego como algo temporário até conseguir algo melhor, não muito tempo depois de sua contratação passa a se sentir atraída por esse novo mundo, o glamour, os valores e o estilo de vida. Quando começa a mudar por fora, na verdade Andrea começa também a mudar por dentro, substituir amigos e namorado pelo trabalho, valorizar aparência e futilidades que antes não faziam parte de sua vida.
Andrea cria para si um discurso de que “não poderia ser diferente, ela não tinha escolha.” É fato que a não adaptação a uma determinada cultura organizacional, dificulta a realização do trabalho do funcionário, podendo influenciar até mesmo em sua qualidade de vida no trabalho, mas dizer que não há outra opção, na verdade, é criar uma desculpa para não admitir e assumir as próprias escolhas, sejam elas profissionais, pessoais ou éticas.
Determinado por Miranda que Andréa seria quem a acompanharia para a semana de moda em Paris, quando Emily, a primeira assistente, esperava ansiosamente por esse evento e vivia em função dele. Foi quando mais uma vez, Andrea afirma não ter tido opção e aceita acompanhar Miranda no evento de Paris, esquecendo dos seus antigos valores, sobrepondo-os com a questão da “sobrevivência no trabalho”.
Andréa só se da conta de que seus valores morais e sua ética foram alterados quando questiona a própria Miranda, que prejudica um funcionário da Runway para não perder o seu cargo. Assim ela percebe que o que fez com a Emily não a diferencia da Miranda, ambas tiveram a mesma atitude, a de sobrevivência acima de qualquer coisa ou pessoa. É quando decide largar esse mundo que a distancia tanto de seus valores, crenças e objetivos de vida.
Miranda, por sua vez, é uma chefe totalmente autoritária, que