Ética ligada na utilização de animais na produção e entretenimento
O uso de animais na produção envolve diferentes pontos de vista. Muitos condenam, outros incentivam e alguns tentam regulamentar a prática, com um jeito “correto” do uso dos animais. Já no que diz a respeito ao entretenimento de humanos, as opiniões negativas sobressaem, pois a exploração e maus tratos são menos justificáveis. Atrelado as discussões sobre essas duas formas de uso animal está o fato de os animais possuírem senciência, ou seja, capacidade de ter emoções e sentimentos como dor, medo, estresse e prazer.
As preocupações éticas com animais são muito antigas, mas com o lançamento na Inglaterra do livro Animal Machines de Ruth Harrison, que denunciava os maus tratos de animais na criação confinada, o debate foi inaugurado. O livro teve tal influência que mobilizou o parlamento britânico a criar um comitê chamado Brambell para examinar a situação. Dentre as conclusões apresentadas havia a proposta de garantir cinco liberdades mínimas aos animais: Virar-se, cuidar-se corporalmente, levantar-se, deitar-se e estirar seus membros.
A produtividade aumentou nos últimos anos devido a progressos na medicina veterinária, nutrição e melhoramento genético, em conseqüência disso os benefícios para a sociedade humana aumentaram como o aumento da oferta de alimentos, com preço menor e maior higiene dos produtos. Entretanto esses progressos resultaram em um processo onde os animais ficaram confinados em espaços cada vez menores que geram grandes problemas como no caso das aves, que devido à alta quantidade no mesmo espaço, podem bicar as penas umas das outras e até chegar ao canibalismo. Outro exemplo é a presença de fraturas ósseas nas aves poedeiras. O melhoramento genético afetou os animais chegando a causar doenças conhecidas como “doenças da produção” associadas ao rápido crescimento ou alta produtividade.
Os impactos ambientais causados pela produção animal são vários dentre eles destaca-se