ética (introdução, desenvolvimento, conclusão)
A ética pode ser definida como a “ciência do ethos” e está relacionada ao comportamento humano. A palavra grega ethos na pluralidade de seus conceitos pode também significar o ‘conjunto de hábitos ou costumes fundamentais' de determinadas sociedades. Segundo Scharamm a palavra ethos deu origem aos termos latinos mos, moris, que traduzido é moral.
Para muitos autores teria sido Aristóteles o primeiro autor a desenvolver o pensamento sobre a ética. Tal pensamento teria surgido da reflexão acerca da diferença entre conhecimento teórico e conhecimento prático e na compreensão de que o saber relacionado às coisas humanas não seria suscetível de demonstração teórica conforme acontece na matemática e na física e que subordinar as ações humanas às leis tão precisas quanto às da ciência seria inviável.
Porém, foi no início da modernidade, século XVII, que Descartes propôs a razão como teoria para o conhecimento humano, isto é, uma ordem racional mecanicista sem a intervenção dos sentidos, cuja base para fundamentação estava na metafísica. Buscou construir um sistema harmônico em que a razão - realizada no campo das idéias – seria a única responsável pela verificação da verdade e capaz de conhecer a realidade.
O pensamento cartesiano foi refutado por Kant que influenciado por Hume, empirista cético, foi levado a adotar uma postura crítica ante a estreita correlação entre o conhecimento e realidade asseverada pelo racionalismo, tendo por conta disso criticado a metafísica racionalista.
Kant procurou dar fundamento sólido à convicção de que existe no campo transcendental uma ordem superior capaz de satisfazer às exigências morais do ser humano. Tal fundamento estaria na lei ética, autônoma e independente, imune às críticas do campo restrito da ciência. A ética na visão kantiana não necessita dos dados da sensibilidade e que a ‘consciência moral' é um dado tão evidente quanto a ciência de Newton. Trata-se da razão aplicada à prática humana.
Indiscutivelmente