Ética humana na Idade Média
Enfim, como é costume entre os estudiosos, historiadores, ou qualquer um que fale sobre o período medieval, o tratará como o período negro, a idade das trevas. Talvez conceituem esse período assim por ele ter sido, para boa parte dos que o estudam, como uma época em que não houve um avanço intelectual significativo, além de ter sido um período marcado por constantes guerras por busca de território. Contudo, o que mais se pode tratar em termos sociais e antropológicos é a questão do domínio religioso dessa época.
Se for para falar acerca da Idade Média, começaremos então com o feudalismo. Essa espécie de regime social, modo de produção, modelo de organização sociopolítico e econômico é capital para o entendimento do homem nessa época.
O indivíduo, pelo menos como defendem alguns filósofos e teóricos, tem a tendência de ser livre. E essa liberdade era determinada no momento do nascimento de cada sujeito. Se nascesse em uma família nobre, seria nobre. Se, ao contrário, viesse ao mundo numa família camponesa, seria camponês, pobre, com perspectivas quase nulas de ascensão social. O determinismo social fazia parte - ainda que por vezes subliminar- do entendimento social da época. Unido a tudo isso citado acima, têm-se a soberania da igreja romana que, por vezes, com poder temporal e espiritual simultaneamente, controlava as invisíveis rédeas do cavalo chamado sociedade.
Revezando o status de supre-sumo do poder com a igreja romana, estava o sistema político vigente. O monarquismo e posteriormente o absolutismo, ora contra, ora a favor da igreja, compunham, juntas, a soberania total da Idade Média. Nos feudos