Ética artistotélica

O primeiro tratado de ética da tradição filosófica ocidental foi a Ética Nicomaqueia, de Aristóteles. Nessa ética o principal foco é a felicidade, que , segundo Aristóteles estaria relacionada à realização humana e ao sucesso naquilo que se pretende obter, o que só aconteceria se fosse bem-feito.
A felicidade é tratada como um bem supremo, pois a escolhemos sempre pelo que ela é nunca por algo a mais. As outras virtudes como: honrarias, prazer, inteligência, seriam escolhidas por causa da felicidade, seriam escolhidas para obter a felicidade. Aristóteles afirma, ainda, que a virtude pode ser ensinada, pois não sendo inata e sim resultado de um hábito, seria possível praticá-la e exercê-la efetivamente para podermos ser virtuosos. Apesar de poderem ser ensinadas, deveriam ser evitados os extremos (no caso da coragem, nem muito corajoso e nem covarde), optando, assim, pelo equilíbrio. A capacidade de encontrar esse meio termo estaria na sabedoria prática.
Essa falta e excesso das virtudes podem acontecer por duas razões: a primeira teria origem na própria coisa e a segunda em nós mesmos. A excelência moral, seria um meio termo e por isso não é fácil ser bom, pois não é fácil determinar um meio termo em tudo. Esta moderação (preservar o discernimento) preserva nossa convicção quanto ao nosso bem e a das outras pessoas. Portanto, segundo Aristóteles, aqueles que usam sua própria razão e a cultivam teriam o espirito nas melhores condições.
A Ética Nicômaco, poderia ser entendida como uma espécie de lição de vida, algo para seguir, pois, afinal, todos buscam a felicidade e tentam de várias formas obtê-la. No contexto em que vivemos hoje acaba sendo mais difícil essa meta, por ser mais difícil que as pessoas realizem somente o bem ou que ao menos procurem faze-lo, por estarem mais preocupadas com outro tipo de “bem”, o material (dinheiro) esquecendo-se que “dinheiro não traz